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Ferrari Cabeleireiros: fábrica italiana processa salão de beleza por uso da marca

Empresa italiana de patrimônio bilionário pede R$ 60.000 de pequeno comerciante de região periférica do Distrito Federal

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília, e Larissa Batista, da Record TV


Fachada do salão de beleza após a notificação extrajudicial
Fachada do salão de beleza após a notificação extrajudicial

A bilionária Ferrari está processando um pequeno salão de beleza no Paranoá, região periférica do Distrito Federal. Advogados da marca encontraram o comércio que fica a quase 9 mil quilômetros de distância da fábrica italiana e pediram indenização de R$ 60.000, pois ele estava usando o nome da montadora.

O estabelecimento se chamava Ferrari Cabeleireiros Unissex e atuava na região desde 2002. O proprietário, Sebastião Dias, 46 anos, foi surpreendido com a notificação extrajudicial que atravessou o oceano Atlântico e chegou, via Sedex, em 25 de março. "Foi muito constrangedor. Uma empresa tão grande me mandar uma notificação dessas, pedindo R$ 60.000 ou falando que eu poderia ser preso. Foi um abalo muito grande", conta.

A Ferrari solicitou no processo "o ressarcimento da notificante pelos danos morais no valor de R$ 50.000 e danos morais a serem calculados, bem como honorários advocatícios, pelo uso indevido da marca em tela, fixados apenas para fim de resolução amigável no valor de R$ 10.000".

O documento tem 16 páginas e é assinado pelo escritório de advocacia Ariboni, Fabbri & Schimidt, representante da fábrica italiana no Brasil. Nele, os advogados pedem a troca da marca no comércio, dos nomes empresarial e fantasia e do material de propaganda e páginas da internet. O texto aponta ainda uma "inegável má-fé" do salão de beleza.

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Sebastião já começou a realizar todos os procedimentos solicitados, como a mudança do nome do estabelecimento, que agora se chama Studio Sebastian. A alteração da fachada, que tem custo alto, ainda será providenciada, mas o nome da Ferrari já foi apagado. Como a notificação ainda é extrajudicial, não há neste momento a mediação do Poder Judiciário, e o caso pode ser solucionado com essas mudanças, sem necessidade de pagamento dos custos mencionados. 

Procurados pela Record TV, os advogados que representam a fabricante informaram que a empresa não permite entrevistas.

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