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Forças federais e estaduais montam esquema de segurança especial para a COP30 em Belém

Polícia Federal coordena operação integrada com Exército, Força Nacional e polícias locais

Brasília|Mariana Saraiva, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Um esquema de segurança integrado está sendo montado em Belém para a COP30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro.
  • A Polícia Federal coordena a segurança com apoio do Exército, Força Nacional e polícias locais, prevendo mais de 40 mil participantes.
  • Serão empregadas 1.100 agentes da Polícia Federal, equipamentos avançados e snipers para garantir a proteção de autoridades e eventos.
  • A segurança inclui a vigilância contra drones e o uso de tecnologia para garantir comunicações seguras durante toda a conferência.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Belém (PA), 06/11/2025 - Soldados do exercito fazem segurança nos arredores da COP30. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Blindados das Forças Armadas são usados na segurança da COP30 Tânia Rêgo/Agência Brasil - 6.11.2025

Um esquema de segurança rígido e integrado está montado em Belém (PA) para a COP 30 (30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro. O evento, considerado um dos principais do mundo sobre meio ambiente, vai reunir líderes globais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil para discutir soluções sustentáveis.

De acordo com estimativas da FGV (Fundação Getulio Vargas), são esperadas ao menos 40 mil pessoas nos dias de maior movimento. Deste total, cerca de 7.000 integram a chamada “família COP”, que são as equipes da ONU e delegações oficiais dos países participantes.


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A Polícia Federal é a responsável pela coordenação geral da segurança da conferência. A estrutura é articulada por meio de Centros de Comando e Controle, que reúnem PF, Força Nacional de Segurança Pública, Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Rodoviária Federal, além de órgãos de segurança do Pará e do município de Belém, com o apoio de agências de inteligência nacionais e internacionais.

Em entrevista ao R7, o delegado Marco Berzoini, coordenador da Área de Segurança Pública da PF, explicou que a preparação começou há mais de um ano.


“Foram feitos cursos preparatórios e diversas simulações conjuntas entre a PF, as Forças Armadas, a Força Nacional e a polícia local. Houve simulados de bomba e retomada de edificações em hotéis e shoppings. Os treinamentos foram detalhados e completos”, afirmou.

Segundo o delegado, as forças atuam sob um modelo de governança de grandes eventos, usado no país há quase duas décadas.


“Esse modelo vem se mostrando eficiente, e a integração entre as instituições cresce com a proximidade da conferência”, disse.

Estrutura e planejamento

O planejamento prevê o emprego de 1.100 servidores da PF, 400 viaturas (entre blindadas, executivas e administrativas), 340 rádios, quatro telefones satelitais, 13 estações rádio base (ERBs) e dois sistemas de internet via satélite, garantindo comunicação segura e conectividade estável durante as operações.


A ação é coordenada pela Diretoria de Proteção à Pessoa, com apoio da Diretoria de Logística e da Superintendência da PF no Pará, responsável pela estrutura logística e tecnológica da operação.

De acordo com o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), os profissionais da Força Nacional estão em Belém desde 18 de outubro, realizando patrulhamento ostensivo, escoltas, policiamento e ações de controle de multidões.

Garantia da Lei e da Ordem

O governo federal também autorizou o uso das Forças Armadas sob o regime de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

Na prática, os militares passam a ter poder de polícia durante o evento e poderão abordar pessoas em situações consideradas suspeitas ou que possam colocar em risco a segurança da conferência.

O MJSP informou que, por motivos de segurança, não divulga o número exato de agentes mobilizados na operação.

Comunicação e logística

Para evitar falhas de comunicação, são utilizados rádios criptografados integrados entre centros de comando, bases fixas e equipes móveis, permitindo resposta imediata em caso de incidentes.

A estrutura logística inclui meios navais, como jet skis, lanchas e equipes de mergulho, empregados na proteção de autoridades e monitoramento de rotas fluviais, áreas estratégicas para o deslocamento das delegações internacionais.

No campo tecnológico, a PF utilizará equipamentos avançados de contramedidas eletrônicas e antidrone, operados por policiais federais especializados. Durante o evento, Belém concentrará o maior contingente de policiais federais em operação simultânea no país.

Snipers e segurança de autoridades

Entre as ações da PF está o posicionamento estratégico de atiradores de precisão (snipers), integrantes do COT (Comando de Operações Táticas). Eles atuam como “contrasnipers”, responsáveis por neutralizar potenciais ameaças e proteger as altas autoridades presentes.

A atuação segue protocolos rigorosos e ocorre apenas em situações que exijam resposta imediata a ameaças graves, sempre conforme regras de engajamento previamente definidas.

Monitoramento de drones

Desde o início das operações, o sistema de vigilância da PF já detectou 316 drones não autorizados e bloqueou 31 tentativas de sobrevoo irregular em áreas estratégicas, como o Aeroporto Internacional de Belém, o Parque da Cidade, o Porto do Outeiro e o Porto Miramar, além das rotas utilizadas pelo presidente e por chefes de Estado.

Os equipamentos empregados permitem detectar aeronaves não tripuladas em um raio de até 10 km e neutralizá-las em até 2 km, garantindo a segurança das autoridades e do público durante a COP30.

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