GDF declara estado de emergência ambiental por risco de queimadas
Medida foi publicada no Diário Oficial do DF desta quinta-feira (23) e vai vigorar até novembro
Brasília|Sarah Paes, do R7, em Brasília
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), decretou nesta quinta-feira (23) estado de emergência ambiental no Distrito Federal. A medida, que também foi adotada no ano passado, vai vigorar de março a novembro de 2023, período em que o risco de queimadas é significativamente maior na região devido à estiagem.
O decreto também determina que os órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Distrito Federal (PPCIF) – executado pelo Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, instituído pelo Decreto nº 37.549/2016 – deverão adotar as medidas necessárias para prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos dos incêndios florestais.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (SEMA), o Plano de Prevenção funciona como um sistema de parcerias institucionais para proteção do cerrado e conta com uma estratégia de ação própria que possui como princípios a integração e a cooperação mútua.
O R7 procurou a SEMA para obter mais detalhes sobre o que muda com a entrada em vigor do decreto, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para que a pasta se manifeste.
Integram o grupo a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal, o Jardim Botânico de Brasília, o Instituto Brasília Ambiental, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Militar, a Secretaria de Saúde e a Fundação Jardim Zoológico de Brasília.
Focos de queimadas aumentaram no ano passado
O monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), registrou até 24 de julho do ano passado, 79 focos de incêndios no Distrito Federal. O montante foi 41% maior do que o computado por imagens de satélite no mesmo período de 2021.
Devido às altas temperaturas e a baixa umidade no Distrito Federal, as queimadas ficam mais frequentes. Práticas como queima de lixo e restos vegetais também contribuem para a propagação do fogo.