GDF solicita antecipação da vacina contra a dengue após aumento de 400% nos casos da doença
Secretário-chefe da Casa Civil disse que ofício enviado pela vice-governadora Celina Leão ainda não recebeu resposta da pasta
Brasília|Edis Henrique e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
O governo do Distrito Federal solicitou ao Ministério da Saúde a antecipação do cronograma de vacinação contra a dengue após a capital registrar um aumento de 400% no número de casos da doença neste ano. O ofício foi enviado pela vice-governadora Celina Leão (PP) e ainda não teve retorno da pasta, segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. Ao todo, o DF registrou mais de 5 mil casos prováveis de dengue nas primeiras semanas deste ano. O governo vai disponibilizar tendas fixas em pontos estratégicos para orientação dos moradores.
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Na última segunda-feira (15), a pasta informou que crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos são a faixa etária prioritária para a vacinação contra a doença. A expectativa do governo federal é imunizar 3 milhões de brasileiros em 2024.
No DF, foram registrados 5 mil casos prováveis no início de janeiro deste ano. Ceilândia é considerada a região com mais casos de dengue na primeira semana de 2024, com 889 registros de 31 de dezembro a 6 janeiro, um aumento de 977,5% em relação ao mesmo período de 2023.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
• Assine a newsletter R7 em Ponto
O secretário da Casa-Civil reforçou a importância da cooperação da população. "Há moradores que impedem a entrada dos bombeiros nas casas para verificar os focos de dengue. Precisamos de ajuda. O governo sozinho não consegue acessar todos os lugares", disse Rocha.
A secretaria de Saúde, Lucilene Florêncio, afirmou que o DF está pronto para lidar com a situação emergência e que carros de fumacê serão espalhados por todas as regiões administrativas, "mas isso vai sendo adequado de acordo com os casos de cada região, caso seja necessário reforço".
Ações previstas
O GDF também investiga 14 mortes que podem ter sido causadas pela doença. Devido ao agravamento dos casos, o secretário da Casa Civil informou que o governo vai reformular o Centro de Operações de Emergências da Dengue. Entre as novas medidas a serem adotadas pela força-tarefa do DF, estão a instalação de nove tendas em pontos estratégicos da capital para testagem da população, orientação e hidratação das pessoas doentes.
Esses espaços serão instalados ao lado das administrações regionais de Sobradinho, Ceilândia, Sol Nascente, Pôr do Sol, Samambaia, Estrutural, Brazlândia, Recanto das Emas e Santa Maria. As tendas estarão nos locais por 45 dias.
Tendas itinerantes da Defesa Civil vão circular pelas regiões para reforçar o atendimento em outros pontos. Outra medida anunciada foi a disponibilização do telefone 199 para orientação da população. Neste sábado (20), em Samambaia, o governo realiza um novo "Dia D de combate a dengue". A última ação foi feita no sábado passado (13), em Ceilândia.
Segundo o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, o objetivo é ter todos os dias um Dia D de combate a dengue. "Vamos ter um carro fumacê fixo em cada região administrativa. O governo investiu R$ 5 milhões em campanhas de comunicação, que começam neste sábado, de combate a dengue. Estaremos com carros de som nas regiões administrativas orientando a população, indicando os locais de atendimento e alertando sobre os sintomas", declarou.
A Secretaria de Saúde, Lucilene Florêncio, destacou também a importância da população buscar o atendimento ainda nos primeiros sintomas da dengue. "Se a pessoa está com sintomas de febre, dor, fadiga, ele deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima ou agora alguma das nove tendas que estão atuando nas regiões administrativas. Caso apresente manchas pelo corpo, neste caso a orientação é buscar direto os hospitais, devido ao risco de um agravamento da doença", disse.