Governador do RJ nega ao STF que operação na Maré tenha sido feita por vingança
Na semana passada, o ministro Edson Fachin determinou que o governador prestasse informações sobre as operações policiais
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a operação no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, na semana passada, resultou na apreensão de um verdadeiro arsenal de guerra e negou que ela tenha sido feita por vingança. O governador disse, ainda, que a operação cumpriu os requisitos impostos pela corte para ações policiais nas comunidades.
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“A operação realizada pela SEPM [Secretaria de Estado de Polícia Militar] no dia 11 de junho de 2024, que resultou na apreensão de um verdadeiro arsenal de guerra e na prisão de diversos indivíduos, muitos deles de fora do estado do Rio de Janeiro, observou as diretrizes definidas pela ADPF nº 635, é imprescindível refutar as leviandades aduzidas pelos requerentes a respeito do suposto planejamento e/ou realização de denominadas ‘operações de vingança’ em razão da trágica morte de dois policiais na aludida operação”, disse.
“Em momento algum foi idealizada ou deflagrada qualquer ‘operação de vingança’, diferentemente do que, de maneira imprudente e sem ter apresentado quaisquer indícios”, completou Castro.
Na semana passada, o ministro do STF Edson Fachin determinou que o governador prestasse informações sobre as operações policiais no Complexo da Maré. A decisão ocorreu após um pedido do PSB e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro para que o Supremo determinasse medidas aos policiais durante as operações, como uso de câmeras corporais.
Segundo o governador, no decorrer da operação foi necessário acionamento emergencial da aeronave para atendimento em regime de prioridade e apoio à equipe de policiais que estavam sendo alvo de disparos de arma de fogo por criminosos de diversos pontos da comunidade.
“Considerando que o emprego de aeronave é uma medida de redução da letalidade, que viabiliza o melhor controle de risco orgânico e operacional, com vistas ao imageamento para suporte informacional e eventual apoio logístico e tático-operacional às equipes em solo, foi solicitado em caráter emergencial, o emprego de apoio aéreo pelos meios estatais disponíveis”, disse Castro.