Governo cria sala de situação para acompanhar queimadas na Amazônia e no Pantanal
Fase da seca e dos incêndios se aproximam nesses biomas; Casa Civil vai coordenar o grupo, que conta com participação de 19 ministérios
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília*
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou nesta sexta-feira (14) a criação de uma sala de situação para acompanhar queimadas, seca, desmatamento e outros eventos nas regiões da Amazônia e do Pantanal. O objetivo, diz a integrante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, é monitorar a conjuntura dos biomas brasileiros.
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“Fizemos uma reunião extraordinária da Comissão Interministerial Permanente para tratar do problema da emergência climática referente a grande estiagem que teremos na Amazônia e no Pantanal e ameaças de incêndio. Em função disso, agindo na lógica da gestão do risco, e não apenas do desastre, fizemos essa reunião para instituir a sala de situação”, disse Marina.
A sala de situação será coordenada pelo Ministério da Casa Civil. Participam, ao todo, 19 pastas do governo federal. A ideia é que o grupo trate das questões de incêndio, seca e afins. “O custo de prevenir é sempre menor do que o de remediar. Ninguém tem o controle dos vetores”, pontuou a ministra.
Não há, ainda, orçamento para a sala de situação. “A Junta Orçamentária está fazendo a avaliação, mas a pasta da Fazenda relatou que o ministro Fernando Haddad já orientou no sentido de que as demandas possam ser atendidas”, informou Marina.
Crescimento dos incêndios
Os focos de incêndio no Pantanal aumentaram mais de 1.000% no primeiro semestre deste ano em relação a 2023. Os números são da plataforma BDQueimadas, disponível no site do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O satélite do Inpe detectou 978 focos desde primeiro dia do ano até dia 5 de junho. No mesmo período do ano passado, foram 95.
O Mato Grosso do Sul registrou 521 pontos de incêndio neste ano e o Mato Grosso, 457. Os municípios com mais focos de incêndio registrados foram Corumbá (MS) e Cáceres (MT). As duas cidades juntas representam mais de 70% dos registros no Pantanal neste ano.
*Com informações da Agência Brasil