Governo designa assessores para acompanhar Bolsonaro em eventos nos EUA até 1º de março
Max Guilherme Machado de Moura, Marcelo Costa Câmara e Sérgio Rocha Cordeiro vão participar de agendas no exterior
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) designou, nesta sexta-feira (10), três assessores para prestar segurança ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devido à agenda internacional que vai ser realizada em Orlando e em Oklahoma City, nos Estados Unidos, no período de 13 de fevereiro a 1º de março.
O despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e é assinado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Os assessores designados, lotados no apoio a ex-presidentes, são: Max Guilherme Machado de Moura, Marcelo Costa Câmara e Sérgio Rocha Cordeiro.
Bolsonaro viajou para os Estados Unidos com Michelle Bolsonaro e a filha Laura, de 12 anos, um dia antes de terminar o mandato, em 30 de dezembro. Ele optou por sair do país e não participar da cerimônia de posse de Lula, que ocorreu em 1º de janeiro.
A família ficou hospedada em uma casa de férias que pertence ao ex-lutador de MMA José Aldo. Uma publicação no DOU autorizou a ida de cinco assessores de Bolsonaro aos EUA. A permissão, na época, valia pelo período de 1º a 30 de janeiro de 2023. A publicação prevê o afastamento dos servidores "para realizar o assessoramento, a segurança e o apoio pessoal do futuro ex-presidente".
Durante a estadia em Orlando, Bolsonaro foi internado em um hospital após ter se queixado de "fortes dores abdominais". O transporte ocorreu em um veículo à disposição da família e foi acompanhado por assessores que estão alocados para auxiliar Bolsonaro. Na unidade de saúde, ele passou por exames e depois recebeu alta médica.
Sem data de volta
Ainda não há data para o retorno de Bolsonaro ao Brasil. Questões de saúde e a validade do visto são entraves para prorrogar a estadia dele no país. "Pode ser amanhã, pode ser daqui a seis meses, pode não voltar nunca, não sei", afirmou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
No fim de janeiro, o ex-presidente, que foi ao país com visto diplomático, entrou com pedido de visto de turismo nos Estados Unidos. Caso consiga o benefício, ele poderá permanecer por mais seis meses no país. O visto da categoria B1/B2 permite a permanência nos país para turismo e para negócios, como participação em seminários, visitas técnicas e conferências.
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O visto temporário não permite moradia nem dá direito a benefício imigratório. Com o documento, também não é possível trabalhar nem estudar em tempo integral nos EUA. A validade desse documento é de dez anos. O descumprimento do tempo de permanência, de seis meses, é considerado uma infração grave para o governo dos EUA. O viajante pode receber penalidades que incluem cancelamento do visto, deportação e inelegibilidade permanente para entrar no país.