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R7 Brasília

Governo exonera 43 coordenadores da Funai em meio à crise na Terra Indígena Yanomami

Medidas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (24) e são assinadas por Rui Costa (Casa Civil)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Crianças indígenas do território ianomâmi, em Roraima
Crianças indígenas do território ianomâmi, em Roraima

Em meio à emergência de saúde pública no território ianomâmi, o governo federal exonerou, nesta terça-feira (24), 43 coordenadores regionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e são assinadas pelo ministro Rui Costa (Casa Civil).

Na segunda-feira (23), o governo já havia exonerado diversos coordenadores distritais da Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste de Roraima, Alto Rio Juruá, Parintins, Cuiabá, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Porto Velho, Ceará, Bahia, Interior Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.

A Terra Indígena Yanomami, em Roraima, tem registrado casos graves de desnutrição e de malária. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que oito em cada dez crianças indígenas com menos de 5 anos na comunidade sofrem de desnutrição. O garimpo ilegal e a ausência de medicamentos e políticas de saúde agravam a situação da comunidade de 30 mil habitantes, localizada no meio da floresta amazônica.

A Polícia Federal vai investigar crimes ambientais na Terra Yanomami, em Roraima. O inquérito foi aberto a pedido do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino. "O presidente Lula determinou que as leis sejam cumpridas em todo o país. E vamos fazer isso em relação aos sofrimentos criminosos impostos aos ianomâmis", afirmou o titular.


Viagem de Lula

As mudanças na saúde indígena no Ministério da Saúde ocorrem após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Terra Indígena Yanomami. Neste domingo (21), o presidente esteve no local e disse que vai atuar para interromper o garimpo ilegal, além de anunciar que a Polícia Federal vai investigar crimes ambientais na região.

A visita foi motivada pelo estado de emergência de saúde pública decretado na região em razão da desnutrição infantil e da disseminação de malária. A portaria que declara emergência de saúde pública na Terra Indígena Yanomami foi publicada na noite de sexta-feira (20).

Com a declaração de emergência, o governo criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE — Yanomami), que será coordenado pela Secretaria Nacional de Saúde Indígena. A partir da divulgação em Diário Oficial, o poder público fica autorizado a deslocar recursos humanos e insumos para o caso.

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