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Governo frustra servidores e propõe reajuste salarial de 9% a partir de maio

O Executivo chegou a sugerir uma recomposição de 8,4%, mas aumentou o valor após pressão e reclamações dos funcionários

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF)
Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF) Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF)

O governo federal se reuniu com representantes dos servidores públicos do Executivo nesta sexta-feira (10) para discutir o reajuste salarial e deixou a classe frustrada ao sugerir uma recomposição menor que a de 13,5%, que foi pedida pelos funcionários. No início do encontro, o governo disse que poderia conceder um aumento de 8,4%, mas no fim entregou uma proposta de 9%, após a insatisfação geral com o primeiro valor apresentado.

A reunião aconteceu no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e durou cerca de três horas. O encontro ficou paralisado por alguns minutos, depois que as associações que representam os servidores deixaram o prédio da pasta ao ouvir a proposta de 8,4%. As entidades sindicais chegaram a fazer uma transmissão ao vivo nas redes sociais para expressar a frustração com a proposta.

O incômodo da classe aconteceu porque a proposta inicial do Executivo, apresentada em fevereiro, foi de uma recomposição gradual, que seria de 7,8% em março, 8,5% em abril e 9% em maio. Com o recuo para 8,4%, as entidades reclamaram que o governo deixaria de utilizar por completo os R$ 11,2 bilhões que estão previstos no Orçamento deste ano para o reajuste dos funcionários do Executivo.

Após o protesto, o governo sugeriu que a recomposição seja de 9% a partir de maio. Mesmo insatisfeitas com o valor, as associações acataram a proposta. Na semana que vem, o valor será submetido a votação em assembleias das bases sindicais. Além do reajuste salarial, o Executivo vai aumentar o vale-alimentação em R$ 200, passando os atuais R$ 458 para R$ 658.

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“O governo vai formalizar a proposta na segunda-feira, e na terça vamos levar para as bases, com indicativo de aprovação. Quem decide são as categorias, mas os dirigentes se comprometaram a subscrever a proposta. Ela não corrige totalmente as nossas perdas, mas é o que dá neste momento”, disse o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), Rudinei Marques.

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Mesmo frustrados com a sugestão do governo, alguns sindicatos prometem buscar uma recomposição melhor nas negociações setoriais que vão acontecer ao longo do segundo semestre. Presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA), Janus Pablo de Macedo disse que a carreira acumula uma defasagem salarial de sete anos e garantiu que não vai abrir mão das perdas inflacionárias.

“Essa proposta não atende às expectativas da nossa carreira. Lembrando que se trata de uma negociação salarial coletiva em caráter emergencial e que o ANFFA espera avançar, com melhores resultados, nas mesas de negociações setoriais, em outra etapa.”

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