Governo lança Brasil sem Misoginia para mobilizar combate à violência contra a mulher e ao feminicídio
Iniciativa é coordenada pelo Ministério das Mulheres; mais de cem acordos de cooperação foram assinados com empresas e entidades
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O governo federal lançou nesta quarta-feira (25) a iniciativa Brasil sem Misoginia, coordenada pelo Ministério das Mulheres. A ação tem o objetivo de mobilizar a sociedade brasileira para enfrentar ódio, feminicídios e violência doméstica, moral e sexual contra as mulheres, além de estimular práticas de proteção, acolhimento e segurança.
A ministra Cida Gonçalves participou do lançamento e afirmou que a misoginia é "parte propulsora de todas as formas de violência contra as mulheres e das desigualdades de gênero".
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Tenho insistido que é preciso enfrentar a misoginia para prevenir os feminicídios%2C que não se resumem ao ato de matar e tirar a vida de uma mulher. Eles começam antes. Começam com as piadas%2C começam com as brincadeiras%2C eles começam com o maltrato%2C a violência psicológica e a violência moral.
A iniciativa mobilizou governos locais, empresários, instituições de ensino, ONGs, torcidas organizadas, times de futebol, artistas, lideranças religiosas e a sociedade civil com o intuito de levar à população uma mensagem de enfrentamento ao feminicídio e à misoginia. Mais de cem acordos de cooperação foram assinados entre o governo federal, empresas e entidades.
A ministra explica que a misoginia é "um sentimento, ato ou comportamento de repulsa e ódio contra as mulheres". O ministério apresenta quatro motivos para que as pessoas apoiem a Brasil sem Misoginia:
• prevenir feminicídios, violência doméstica e violência sexual;
• apoiar mulheres em espaço de poder e de decisão;
• combater a violência online contra as mulheres;
• promover um ambiente de trabalho livre de discriminações.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, compareceu ao lançamento e demonstrou apoio à causa. "A gente não pode continuar vendo as mulheres morrerem pelo simples fato de nascer mulher. Essa é uma luta de todas nós", disse.