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R7 Brasília

Governo pede ao Congresso regime de urgência ao projeto que altera arcabouço fiscal

Gestão tem pressa na votação do texto justamente pela mudança no arcabouço fiscal que viabiliza antecipação de R$ 15 bilhões

Brasília|Do Estadão Conteúdo

O ministro Fernando Haddad em agenda Diogo Zacarias/MF - 22.04.2024

A Presidência da República pediu ao Congresso Nacional que atribua regime de urgência ao projeto de lei que recria o Seguro DPVAT e contém uma alteração no arcabouço fiscal, conforme mensagem formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (25). O governo tem pressa na votação desse projeto justamente pela mudança no arcabouço fiscal que viabiliza a antecipação de R$ 15 bilhões em receita. Esse valor abrirá espaço no Orçamento e pode destravar recursos vetados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em emendas parlamentares.

Na última quarta-feira, a votação desse projeto foi retirada de pauta da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. A decisão foi motivada por falta de acordo entre governo e Congresso nos vetos presidenciais específicos sobre emendas parlamentares.

Dentro do acordo, a votação da mudança no arcabouço fiscal deveria ocorrer antes da sessão de apreciação dos vetos, o que não se confirmou. Depois de muitas reuniões e conversas, a sessão conjunta do Congresso foi adiada possivelmente para a segunda semana de maio.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que é relator desse PL no Senado, disse na quarta-feira que não é obrigatório, mas desejável votar o projeto antes da deliberação dos vetos do presidente aos R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. Nesta quinta, ele disse que o adiamento da sessão é “normal” e reconheceu que o governo vai “perder” em alguns vetos.


”O acordo é fazer essa locação (de recursos) e, por isso, (a mudança no arcabouço) veio carregado no projeto do DPVAT”, disse Jaques. Ele afirmou que a expectativa é de que o projeto seja votado na CCJ do Senado na terça ou quinta-feira, já que quarta-feira é feriado (Dia do Trabalhador).

Também na quarta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que assim que aprovado na CCJ o texto irá ao plenário do Senado. Com o selo de regime de urgência, a matéria pode até ir direto a plenário, sem passar pela comissão.

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