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R7 Brasília

Governo sobre fala de CEO do Carrefour: ‘Tentativas vãs de manchar os produtos brasileiros’

Mais cedo, o CEO do Carrefour na França disse que não vai mais vender carnes dos países do Mercosul

Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília

CEO do Carrefour na França disse que não exportará mais carne do Mercosul Marcello Casal JrAgência Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária rechaçou nesta quarta-feira (20) a declaração do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, sobre deixar de vender carnes provenientes do Mercosul — grupo formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Segundo o ministério, as declarações são “tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros".

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A pasta afirma que a declaração faz parte de um “movimento orquestrado por parte de empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul-União Europeia, debatido na reunião de cúpula do G20 nesta semana".

A França, segundo o governo brasileiro, é o único país que tem colocado dificuldade para a formalização do acordo. Nesta semana, agricultores franceses fizeram protestos contra o tratado.


O ministério também ressaltou que os produtos brasileiros passam por rigoroso processo e são exportados para mais de 160 países.

“Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor. Apresentou à União Europeia propostas de modelos eletrônicos que contemplam as etapas iniciais do Regulamento de Desmatamento da União Europeia, demonstrando compromisso com uma produção rastreável e transparente, sendo que os modelos privados de rastreabilidade são amplamente reconhecidos e aprovados pelos mercados europeus", diz o texto.


“Desânimo e raiva”

Alexandre Bompard afirmou que a decisão dele sobre as carnes dos países do Mercosul foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

Os atos, organizados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas e pelos Jovens Agricultores, começaram na última segunda-feira (18), com bloqueios de rodovias e fogo em objetos.


Depois da repercussão da decisão, o grupo Carrefour na França afirmou que a decisão não “se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise".

O grupo Carrefour Brasil informou ao R7 que a declaração do CEO da França não muda em nada as operações no Brasil. “Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças", disse o Carrefour França em nota.

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