O Governo Federal, em acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), decidiu suspender temporariamente a iniciativa da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do instituto, voltada ao desenvolvimento institucional e ampliação das fontes de recursos. A medida ocorre em meio ao embate, que se estende há meses, com os servidores do órgão. Em nota, o MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento) informou que estão sendo mapeados “modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional. Desta forma, o MPO e o IBGE esclarecem que qualquer decisão que oportunamente for tomada seguirá o debate no IBGE e com o Executivo e o Legislativo”, diz o texto.Entre os embates, os servidores do instituto pedem esclarecimentos da atual gestão, ocupada por Marcio Pochmann, sobre a criação da fundação de direito privado IBGE+, alteração no estatuto do instituto e fim do trabalho remoto. Apesar da crise interna, Pochmann afirmou ser “natural as pessoas terem visões diferentes” sobre sua gestão à frente do órgão. No último dia 27, o gestor do IBGE disse, ainda, ter procurado o governo para obter recursos. “Essa é a minha preocupação”, disse. No texto, o ministério, que cita o IBGE como um “órgão basilar na geração e na análise de dados referentes ao Brasil”, diz que dará apoio ao instituto por meio da Lei Orçamentária Anual. A ajuda será para a formulação do Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, uma das pesquisas mais relevantes do Instituto, em recursos para 2025.