As escolas públicas do Distrito Federal continuarão fechadas. Nesta segunda-feira (15), quando a paralisação completa 11 dias, o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) fará um panfletaço, às 16h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Já na quarta-feira (17) haverá reunião da Comissão de Negociação do Sinpro com o governo e na quinta-feira (18), uma assembleia geral da categoria para decidir se a greve irá continuar. A paralisação começou em 4 de maio. Os profissionais reivindicam reestruturação de carreira e recomposição salarial. A diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio, tem defendido a importância do retorno de diálogo com o governo local. "Essa retomada da mesa de negociação com a categoria em greve é essencial para a gente encontrar uma saída para este impasse, porque não há construção do fim de greve se não há disponibilidade do governo para negociar", disse. De acordo com a diretora do sindicato, a expectativa é que, na reunião desta semana, o governo apresente alguma proposta para a categoria. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, informou que o debate está aberto entre a categoria e o governo. "Foi apresentado pelo Sinpro dez pautas que a gente vai discutir para ver qual o impacto [econômico] que isso representa", apontou. "Continuamos aqui com o propósito de sensibilizar os professores para retomarem as aulas porque a negociação vai continuar", afirmou. Além da secretária de Educação, também participam da reunião, marcada para às 10h desta quarta (17), o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, e o secretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF) ordenou que os professores do DF encerrem a greve sob pena de multa diária de R$ 300 mil em caso de descumprimento. Luciana Custódio explicou que o sindicato recorreu da decisão. "Nós seguimos todos os procedimentos viáveis de notificação, de anúncio da assembleia e divulgação em veículos de informação. A gente agora aguarda o prazo deste recurso, mas é importante dizer que justiça não acaba com a greve, o que acaba com a greve é efetivamente uma proposta apresentada pelo governo para que a assembleia possa apreciar", disse a diretora do Sinpro-DF.