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Grupos nazistas são alvo de operação em sete estados do país 

Polícia Civil e Ministério Público do RJ cumprem quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão; três pessoas foram presas

Brasília|Priscila Mendes, Do R7, em Brasília

Facões, arco e flechas e livros sobre nazismo foram apreendidos pela Polícia Civil
Facões, arco e flechas e livros sobre nazismo foram apreendidos pela Polícia Civil Facões, arco e flechas e livros sobre nazismo foram apreendidos pela Polícia Civil

Integrantes de uma quadrilha de nazistas são alvo da Operação Bergon, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (16) em sete estados do país. Os agentes cumprem quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão contra grupo que disseminava ódio a negros e judeus nas redes sociais. Até as 10h, três pessoas haviam sido presas.

As prisões ocorreram, na manhã desta quinta-feira, em Campos dos Goytacazes e Valença, no estado do Rio de Janeiro, e em Suzano, na região metropolitana de São Paulo. A polícia apreendeu facões, arco e flechas e livros sobre o nazismo.

Os demais mandados estão distribuídos entre 15 alvos no Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Norte e um em Santa Catarina.

O nome da operação faz alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para abrigar crianças judias entre alunos católicos durante a Segunda Guerra Mundial, evitando que fossem capturadas pelos nazistas.

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Investigações

Há sete meses, as investigações começaram após um alerta do Cyber Lab e da Homeland Security Investigations, órgãos do governo dos EUA, sobre a atuação de uma associação criminosa no Brasil. O grupo é conhecido por praticar atos violentos, de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional por meio de redes sociais.

Em maio, a partir das denúncias que chegaram à Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu José Raphael Tomas Zéfiro. Na casa dele foram apreendidos um computador, um telefone e quatro videogames.

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José Raphael integrava vários grupos de WhatsApp em que os membros se autodeclaram nazistas, ultranacionalistas e nacional-socialistas. A análise dos objetos periciados pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli confirmou o farto material de conteúdo racista contra negros e judeus.

Além disso, foram encontrados diversos diálogos com ameaças e indícios de cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente, disseminação de ódio.

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Outros casos

Em outubro deste ano, a Polícia Civil do Rio prendeu um pedófilo que colecionava um vasto material de apologia do nazismo. A prisão foi feita a partir de uma ocorrência registrada pela mãe de um menor de 12 anos na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). 

Ao chegarem ao local onde o suspeito morava, agentes descobriram que Aylson Proença Doyle Linhares, de 58 anos, guardava bandeiras, uniformes, insígnias, carteira de partido nazista com a foto dele, armas e munições de 1940, além de um quadro com a pintura de Hitler. 

O que diz a lei

A Lei Antirracismo (lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989) tipifica como crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.

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