Guajajara cita destruição socioambiental e defende vetos de Lula às licenças ambientais
Em audiência na Câmara, ministra fez apelo por defesa socioambiental e voltou a estimar participação indígena na COP30
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
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A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, citou riscos de destruição socioambiental e defendeu, nesta terça-feira (21), que o Congresso mantenha os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta que flexibiliza licenças ambientais.
Sonia ainda criticou a aprovação do marco temporal entre parlamentares, pela percepção de impacto à pauta ambiental. O posicionamento fez parte audiência para discutir ações do ministério e a participação indígena na COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), em Belém.
“Para nós, fica muito visível que o grande foco do problema é essa relação do ser humano com a natureza que chama a destruição socioambiental de progresso. E, infelizmente, temos visto essa perspectiva avançar. Em ações tais como a lei do marco temporal ou o PL da devastação, aqui no Congresso. Por isso, é muito importante pelo menos não derrubar os vetos do presidente Lula no PL da devastação”, afirmou Guajajara.
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A ministra ainda disse haver contradições na defesa de países do Sul Global ao defender a exploração como forma de financiamento à transição energética. Por definição, o Brasil faz parte do grupo.
“Estamos vendo essa contradição [...] Países centrais reduzindo recursos e países do Sul dizendo que precisam explorar minerais críticos e combustíveis fósseis para financiar a sua própria transição”, disse. A colocação vem um dia após o Ibama autorizar a Petrobras a pesquisar petróleo na Amazônia. O pedido é criticado por lideranças indígenas por impactos a comunidades.
Participação indígena na COP
Guajajara voltou a citar previsão de participação recorde de indígenas na Cúpula do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas). A perspectiva foi reforçada pelo chefe do Núcleo de Florestas para a COP30 do Ministério das Relações Exteriores, Marco Tulio Cabral.
Na mesma audiência, ele disse que a iniciativa encabeçada para incentivar a participação indígena tem sido negociada para ser um legado da COP, e que a possibilidade foi discutida com a Austrália — possível próximo país a sediar a Cúpula. E possivelmente será levada à Turquia, que também quer receber o evento em 2026.
“Para sugerir que seja dada a continuidade a essa iniciativa que está sendo tão positiva do círculo dos povos”, disse ao citar o diálogo com o país.
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