Guedes erra nome de novo secretário do Tesouro e Orçamento
Paulo Guedes quis anunciar Esteves Colnago, mas falou nome de empresário cotado para o cargo dele no ministério
Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, cometeu uma gafe ao anunciar o nome do novo secretário especial do Tesouro e Orçamento da pasta, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (22). Guedes acabou “anunciando”, de forma errônea, o sócio da empresa de investimentos BTG Pactual, André Esteves, que era cotado para o cargo de ministro da Economia quando surgiu o boato de demissão.
“Estou nomeando alguém sênior, com muita formação, bastante experiência, para o lugar do antigo secretário especial de Tesouro e Orçamento. Sai o Funchal e entra o André Esteves, [corrigindo-se] o André Colnago. O André Esteves Colnago. Ele é Esteves Colnago? Ele não tem o André, não é?”, confundiu-se Paulo Guedes.
O ministro da Economia tentava acertar o nome de Esteves Colnago. Esteves é ex-ministro do Planejamento e agora assume a secretaria especial desocupada nesta última quinta-feira (21). Já André Esteves é sócio sênior do BTG. Segundo Guedes, a confusão foi um “ato falho”. Veja o momento da confusão:
“Eu vou dizer por que é um ato falho: porque andaram levando nomes lá para o André Esteves, sugestões pedindo ao presidente, perguntando: ‘Se o Paulo Guedes sair, quem podemos colocar lá? Dá para emprestar o Mansueto [economista-chefe do BTG Pactual]? Coisas desse tipo. Sei que muita gente da ala política andou oferecendo nome e fazendo pescaria, inclusive lá.”
Colnago foi ministro do Planejamento, entre abril e dezembro de 2018, no fim do governo de Michel Temer. De maio de 2016 a abril de 2018, foi secretário-executivo do Planejamento. Atualmente, ele estava como assessor especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia.
Mudança
O cargo de secretário especial de Tesouro e Orçamento sofreu uma baixa ontem com o pedido de saída de Bruno Funchal. A queda aconteceu em um momento de turbulência econômica, após declarações de Guedes sinalizarem que furaria o teto de gastos para promover o Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família.
“A função do jovem é defender, da política é atacar, do presidente é mediar e a minha é avaliar até onde está indo e pode ir”, disse o ministro, argumentando sobre a debandada de jovens secretários. Bruno Funchal e mais três integrantes da equipe de Paulo Guedes alegaram motivos pessoais para anunciar que vão deixar o cargo nos próximos dias
O ministro também foi irônico ao comentar algumas das baixas sofridas. “Falam que eu perdi cinco, seis pessoas, mas colocam na lista gente que eu nem conheço. Realmente, foi uma perda terrível para mim.” Ainda nas palavras de Guedes, a entrada do Esteves “puxa a média da equipe para cima”.