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Haddad diz que Derrite não é pessoa versada em investigação sobre o crime organizado

Ministro reclamou que há um ‘açodamento’ para votar o texto sem uma discussão prévia com o governo

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Fernando Haddad criticou o deputado Guilherme Derrite, relator do PL Antifacção, questionando sua experiência em investigações contra o crime organizado.
  • O ministro expressou preocupação com a falta de discussão prévia do texto proposto antes da votação na Câmara dos Deputados.
  • Haddad defendeu a importância do projeto que visa combater devedores contumazes e enfatizou a necessidade de um debate mais amplo sobre a proposta.
  • Ele destacou a importância da integração entre a Polícia Federal e a Receita Federal, pedindo apoio do Congresso para que essa cooperação não seja prejudicada por novas leis.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ministro Fernando Haddad
Haddad criticou relatório de Derrite ao PL Antifacção Diogo Zacarias/MF - 4.11.2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), relator do PL (projeto de lei) Antifacção, e considerou que o parlamentar “não é uma pessoa versada em investigação e inteligência contra o crime organizado”.

Derrite está licenciado do cargo de secretário de Segurança Pública do governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).


O titular da Fazenda disse não ter conhecimento do texto que será votado e afirmou que há um “açodamento” para votar o texto sem uma discussão prévia com o governo.

“A Polícia Federal não é do governador A, B ou C, a Polícia Federal é do país. A Receita Federal tampouco é de governo. São órgãos de Estado. E enfraquecer esses órgãos de Estado não faz o menor sentido”, criticou.


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Haddad apontou também que o governo federal deu uma demonstração de integração para asfixiar financeiramente o crime organizado.

“O governo federal atua no andar de cima do crime, com inteligência. A Polícia Federal desenvolveu um sistema de inteligência. A todo momento nós estamos dando operação da Polícia Federal. É o nosso órgão. Dá orgulho”, ressaltou.


E prosseguiu: “Vai colocar isso a perder em função do açodamento de um relator que, com todo respeito, não é, teoricamente, uma pessoa que entenda de inteligência, de investigação, não é uma pessoa versada em investigação e inteligência contra o crime organizado. Para que esse açodamento? Nada contra, o deputado não precisa ser especialista em tudo. Mas, quanto menos se sabe, mais se busca apoio de quem sabe”.

O ministro ainda defendeu o projeto que visa combater o devedor contumaz, que está há oito anos tramitando.


“Isso combate o crime organizado. E por que não vota? O que está por trás desse procedimento em relação a um projeto tão importante que recebeu a chancela de todos os senadores da República, depois da operação Carbono Oculto?”, questionou o ministro. O texto usado como comparação por Haddad está parado na Câmara.

Dizendo desconhecer o último relatório de Derrite, Haddad defendeu que o projeto seja deixado em consulta durante algumas semanas para ser discutido.

“Todos os governadores são filhos de Deus. Não são? Tem que ouvir todo mundo”, disse, sem mencionar a ida de governadores de direita à Câmara nesta quarta, em defesa do projeto de lei.

“Sequer os interessados estão sendo ouvidos, tudo sendo feito de forma atabalhoada, por trás disso aí tem algum interesse, que não resiste à luz do dia”, reclamou.

O ministro recebeu mais cedo nesta quarta em seu gabinete o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Ele disse não ter tratado com Rodrigues do projeto em análise na Câmara, mas sim da integração “cada vez mais potente” entre a PF e a Receita Federal.

“Nós estamos refinando esses procedimentos, a troca de informações entre os dois órgãos, estamos discutindo novos passos de integração. E nós precisamos do apoio do Congresso para isso. Não podemos ter leis que mudam essa integração, inclusive com os Ministérios Públicos Estaduais, e com as Polícias Estaduais, tanto Civil quanto Militar, quando é o caso”.

Haddad falou com jornalistas após uma reunião no Palácio do Planalto sobre Orçamento. Ele não forneceu mais detalhes sobre a agenda.

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