Haddad e Alckmin comemoram corte de 0,5 ponto percentual na Selic: 'Avanço'
O Banco Central reduziu a taxa básica de juros pela primeira vez em três anos; o índice passou de 13,75% para 13,25%
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), comemoraram pelas redes sociais a redução da Selic, a taxa básica de juros do país, nesta quarta-feira (2). O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu cortar o índice em 0,5 ponto percentual. A Selic passou de 13,75% para 13,25% ao ano.
"O corte de 0,50% na taxa básica de juros sinaliza que estamos na direção certa. Um avanço no sentido do crescimento econômico sustentável para todos", escreveu Haddad.
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"O governo do presidente Lula gerou todas as condições para que esse movimento acontecesse: os índices de inflação caíram todos, as perspectivas melhoraram, e estamos avançando com reformas importantes em torno de um país mais justo e próspero. Com isso, as taxas de juros devem cair ainda mais nos próximos meses", compartilhou Alckmin.
Haddad comentou a redução na saída do Ministério da Fazenda, em Brasília. O ministro minimizou as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de integrantes do governo ao presidente do banco, Roberto Campos Neto, nos últimos meses. Lula e aliados pressionavam pela queda da taxa de juros.
A vida política é assim%2C com divergências públicas. Felizmente%2C estamos vivendo numa democracia%2C e as pessoas podem se manifestar e se dizer contrariadas. Na área econômica%2C que envolve também [os ministros] Simone Tebet%2C Geraldo Alckmin e Esther Dweck%2C posso assegurar que o diálogo%2C tanto entre nós quanto entre as equipes%2C foi o mais elevado possível. Nunca faltou abertura%2C de nenhum lado%2C para sentar e dialogar sobre decisões a serem tomadas. O placar [da decisão do Copom] foi apertado%2C porque há mesmo discussão técnica. É normal.
Cinco integrantes do Copom votaram pela redução de 0,5 ponto percentual, e quatro membros optaram pela queda de 0,25. Questionado a respeito das pressões sobre o Banco Central, Haddad afirmou que o voto de Campos Neto, em favor da diminuição de 0,5 ponto percentual, foi feito de maneira técnica.
"[Campos Neto] teve papel importante [na decisão], evidentemente, mas tenho certeza de que o presidente do BC votou com aquilo que ele conhece e domina em economia. É um voto técnico, calibrado à luz de tudo o que ele conhece da realidade do país. Não significa que houve concessão do BC. Houve uma situação de votação apertada devido às opiniões do mercado, todas dignas e legítimas. O voto [de Campos Neto] foi totalmente balizado em informações de natureza técnica", afirmou.
Votaram pela redução de 0,5 ponto percentual os seguintes membros do Copom: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente); Ailton de Aquino Santos; Carolina de Assis Barros; Gabriel Muricca Galípolo; e Otávio Ribeiro Damaso. Votaram pela redução de 0,25 ponto percentual: Diogo Abry Guillen; Fernanda Magalhães Rumenos Guardado; Maurício Costa de Moura; e Renato Dias de Brito Gomes.
Também pelas redes sociais, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chamou a decisão de "mais um importante passo para a economia brasileira."