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Alckmin critica Banco Central e diz que atual taxa de juros 'não tem o menor sentido'

Segundo o vice-presidente, cada ponto percentual da Selic custa R$ 28 bilhões ao país no pagamento da dívida pública

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Alckmin encontra Caiado e representantes do agro
Alckmin encontra Caiado e representantes do agro Alckmin encontra Caiado e representantes do agro

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (28) que a atual taxa de juros (Selic), de 13,75% ao ano, não "tem o menor sentido". Ele ainda alertou para o impacto fiscal dos juros altos na dívida pública do Brasil e afirmou que cada ponto percentual da Selic custa R$ 28 bilhões ao país. "Com inflação declinante de 3,1%, com uma taxa Selic de 13,75%, o juro real é de 10%. Não há nada pior para o fiscal do que isso", destacou o vice-presidente durante um encontro com empresários e políticos ligados ao agronegócio, em Goiás.

A Selic é o principal instrumento de política monetária do Banco Central no controle da inflação no país. O patamar atual é o maior desde o início de 2017. A taxa ficará vigente por ao menos mais cinco dias, até que os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) voltem a se encontrar para discutir a política econômica nacional — o que deve ocorrer nos próximos dias 1º e 2 de agosto. 

"Mais da metade da dívida [pública do Brasil] é de Selic. Você fica economizando R$ 200 milhões, R$ 400 milhões, R$ 500 milhões, mas paga, a cada 1% da Selic, R$ 28 bilhões de serviço da dívida. Não é crível. Não é razoável", completou. 

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Alckmin fez referência à situação internacional, que, atualmente, tem juros negativos e declínio nos índices inflacionários. No Brasil, a inflação está em queda. "O dever do banco central americano é estabilidade de preço e emprego. Exclui na estabilidade de preço o combustível e os alimentos. Não adianta aumentar os juros se a inflação for ocasionada por combustível por causa da guerra", comentou Alckmin. 

Em outras ocasiões, o ministro afirmou que vê condições favoráveis para a diminuição da taxa de juros. Uma nova decisão do BC ocorrerá em 2 de agosto.

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