Haddad firma parceria para transformação ecológica com ministro da economia da Alemanha
A cooperação tem duração inicial de três anos, com possibilidade de prorrogação, e não exige aplicações financeiras diretas
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assinou nesta segunda-feira (4) uma declaração conjunta de intenção de cooperação para transformação ecológica com o ministro da Economia e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck.
A parceria, com duração de três anos e possibilidade de prorrogação, foi fechada durante uma reunião em Berlim, a capital alemã.
O documento foi elaborado de acordo com as metas do Acordo de Paris, tratado para a redução da emissão dos gases do efeito estufa, e da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que reúne 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. O acordo não obriga aplicações financeiras diretas, mas abre portas para futuros projetos conjuntos, a ser gerenciados por instrumentos legais específicos.
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Com a cooperação, o Brasil e a Alemanha se comprometem a buscar uma transformação ecológica que inclua, além de mudanças econômicas e de fontes de energia, o combate à pobreza e à desigualdade. De acordo com o Ministério da Fazenda, os dois países vão trocar experiências e informações e planejam apoiar outras nações no desenvolvimento de planos internos.
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A cooperação inclui a criação de um comitê, que será responsável pela promoção de reuniões anuais com especialistas e técnicos, visitas governamentais e encontros de negócio com a sociedade civil. As decisões do comitê serão tomadas por consenso, e o grupo também vai desenvolver parcerias com centros de pesquisa. A intenção é "aprofundar o entendimento mútuo e promover a implementação de políticas e estratégias sobre o tema", conforme explicou o ministério.
Haddad acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem internacional. Eles estão em Berlim desde este domingo (3), para uma série de agendas. Segundo o Palácio do Planalto, estão previstos cerca de 20 acordos entre os dois países, em áreas como meio ambiente, desenvolvimento global, bioeconomia, energia e saúde.
As nações são parceiras em comércio e investimentos, sobretudo no setor industrial. A Alemanha foi a quarta maior origem de importações do Brasil no ano passado. Entre janeiro e outubro de 2023, o comércio alcançou US$ 15,98 bilhões. Em 2022, a corrente de negociações ultrapassou US$ 19,07 bilhões.