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Haddad pede aos Estados Unidos aproximação para produção de energias renováveis

O ministro conversou com o enviado americano à COP28 sobre cooperação entre companhias brasileiras e dos EUA

Brasília|Do R7, em Brasília, com informações da Agência Estado

Haddad se encontrou com John Kerry em Dubai
Haddad se encontrou com John Kerry em Dubai

ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontrou-se com o enviado do presidente Joe Biden para questões de clima, John Kerry, neste sábado (2), ocasião em que ressaltou o interesse de aproximar as empresas americanas das brasileiras na "produção do que é necessário para produzir energias renováveis no Brasil".

A ideia é que a cooperação entre companhias dos dois países contribua para que o Brasil seja autossuficiente na produção de energia solar, eólica e de hidrogênio verde. "Recebi o senhor Kerry com satisfação sobretudo pelo apoio dos EUA ao Plano de Transformação Ecológica", disse Haddad.

Haddad com John Kerry, em entrevista após encontro bilateral em Dubai
Haddad com John Kerry, em entrevista após encontro bilateral em Dubai

O encontro ocorreu no pavilhão do Brasil na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), que ocorre em Dubai (Emirados Árabes Unidos). Logo depois, Haddad encerrou a agenda de trabalho na COP.

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Na sexta (1º), Haddad lançou durante a COP28 o Plano de Transformação Ecológica. Segundo ele, estudos feitos pela iniciativa privada sugerem que a transformação ecológica poderia gerar de 7,5 milhões a 10 milhões de empregos em todos os setores. Houve manifestação de interesse dos EUA em cooperar com o Brasil para implementar o plano, através de uma nota conjunta assinada pelas duas partes.


Pressão

O Brasil tem atuado na pauta ambiental com forte cobrança por atuação dos países mais industrializados em ações para reduzir os efeitos das emissões de gases poluentes. Além de não enxergar uma discussão decisiva durante a COP28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse não acreditar em um acordo para que os países ricos de fato impulsionem o desenvolvimento dos mais pobres.

Às vésperas do início da conferência, o presidente chegou a sinalizar negativamente à pergunta a respeito da possibilidade de chegar a um acordo na promessa feita pelos países ricos de alocarem US$ 100 bilhões aos países mais pobres para que estes se adaptem à mudança climática.

"Eu não acredito. Eu sinceramente acho que é preciso, primeiro, que as lideranças políticas do mundo tomem decisões mais corajosas e mais rápidas. Nós precisamos ter uma governança global para cuidar do planeta", argumentou.

Na sequência, Lula criticou ações dos Estados Unidos. "Até hoje os EUA não cumpriram o Protocolo de Kyoto. O Acordo de Paris não foi cumprido quase em lugar nenhum do mundo. Se os governantes democratas querem continuar sendo acreditados pelo povo, é preciso que a gente comece a fazer as coisas que as pessoas estão achando que devemos fazer. Não dá para brincar."

Apesar dessa avaliação, a COP28 aprovou um fundo climático para financiar ações de correção de perdas e danos dos países vulneráveis. Serão aproximadamente US$ 420 milhões para apoiar países afetados pelo aquecimento global. 

Agenda

O ministro Haddad seguirá em viagem com comitiva do presidente Lula a Berlim. Também embarca para a Alemanha a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva.

No dia 3 de dezembro, Lula deve se reunir com o chanceler Olaf Scholz. Também há previsão de encontro com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Há expectativa de assinatura de acordos em áreas como preservação ambiental, bioeconomia, tecnologia e ciência. 

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