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Helder Barbalho diz que Pará fará primeira emissão de créditos de carbono em junho

Governador disse que a operação envolve 1 milhão de créditos de carbono; valores e empresa parceria ainda não serão divulgados

Brasília|Do R7, em Brasília

Barbalho falou sobre o assunto nos Estados Unidos
Barbalho falou sobre o assunto nos Estados Unidos Roque de Sá/Agência Senado — 20.3.2018

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse que o estado vai anunciar a primeira emissão de créditos de carbono no final de junho, na Semana da Ação do Clima em Londres. A declaração foi dada nesse domingo (7) durante a Brazil Conference, em Cambridge, nos Estados Unidos. O nome da empresa parceira e o valor da operação, que deve envolver 1 milhão de créditos, não foram revelados.

Segundo Barbalho, o Pará tem capacidade para emitir 156 milhões de créditos. A rentabilidade da operação pode passar dos R$ 10 bilhões, o que tornaria esse mercado tão importante para o estado quanto a mineração e o agronegócio, afirmou o governador.

"Quando a gente pega o estoque florestal e transforma isso em uma receita, obviamente que isso traz uma cadeia de atividades oriundas da floresta, e aí eu estou falando de financiamento em bioeconomia, de outras atividades produtivas que já compõem a nossa estratégia dos sistemas agroflorestais, da migração de atividades de pecuária, por exemplo, para atividades de cultivo que restauram", afirmou em entrevista a um jornal brasileiro.

Para ele, o potencial da floresta brasileira é o diferencial do Brasil em matéria de transição ecológica comparativamente inclusive a economias desenvolvidas, como a dos Estados Unidos.


"Isso não nos exime da responsabilidade de combater o desmatamento, de reduzir emissões. Pelo contrário, nós temos que fazer cada vez mais, porque nós estamos falando de um ativo que precisa parar de ser destruído para continuar sendo um ativo", afirmou.

Barbalho, no entanto, disse que o estado brasileiro não pode ser responsável sozinho pela preservação Floresta Amazônica. Ele cobrou que "o mundo seja responsável por fazer com a que a floresta seja a solução econômica e social do Brasil".

"Se não, nós ficamos só com o ônus, mas e como ficam as pessoas? Temos 29 milhões de brasileiros que vivem na região, e nosso IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] é um dos piores do Brasil", argumentou.

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