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Homenagem à princesa e morte em acidente aéreo: veja curiosidades da família imperial

Apesar de o Brasil ter deixado de ser uma monarquia há 135 anos, a família imperial ainda existe e reúne descendentes de Dom Pedro I

Brasília|Beatriz Oliveira*, do R7, em Brasília

Dom Antonio morreu nesta quinta-feira Casa Imperial/Divulgação -

A monarquia esteve na liderança do Brasil durante 67 anos. Desde a Proclamação da República em 1889, que na próxima semana completa 135 anos, os títulos reais deixaram de ter valor hierárquico, e o país passou a ser governado por presidentes.

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Apesar disso, a Família Imperial Brasileira continua a existir e reúne os herdeiros da linhagem de Dom Pedro I, primeiro imperador do país e filho do rei de Portugal João VI. Dom Antônio Orleans e Bragança, um dos descendentes, morreu nessa sexta-feira (8), aos 74 anos, e reacendeu nos brasileiros a lembrança de que ainda existem vestígios do período imperial vivos.

Dom Antônio era bisneto da princesa Isabel e trineto de Dom Pedro II. De acordo com a linha do tempo da Casa Imperial, ele era o segundo na linha de sucessão ao trono, se o país não fosse uma República democrática.

A Casa Orleans e Bragança é formada pelos descendentes da junção do casamento da princesa Isabel com o príncipe francês Gastão de Orléans, Conde d’Eu.


Hoje, a família conta com cinco outros herdeiros: Dom Bertrand, Dom Rafael, Dona Maria Gabriela, Dona Eleonora e Príncipe Henri. Desde 2022, com a morte de seu irmão, Luiz de Orleans e Bragança, Dom Bertrand é oficialmente chefe da Casa Imperial do Brasil.

Confira algumas curiosidades sobre a realeza brasileira

Morte em acidente aéreo

O príncipe Pedro Luís de Orleans, filho de Antônio Orleans e Bragança, foi uma das vítimas da queda do voo 447, da Air France, em 2009. O avião fazia o trajeto do Rio de Janeiro a Paris quando caiu no Oceano Atlântico, deixando 228 mortos.


Pedro Luís seria o quarto na sucessão ao trono e teve o corpo enterrado no dia 6 de julho de 2009, no Rio de Janeiro. O caixão foi colocado na sepultura da Família Imperial, localizada no Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição.

Homenagem à princesa Isabel

O Cristo Redentor, que compõe a paisagem do Rio de Janeiro, é uma das sete maravilhas do mundo moderno e um dos cartões postais mais conhecidos do planeta. Entretanto, poucos sabem que o ponto turístico poderia ter sido uma estátua da Princesa Isabel.


Pouco depois de a princesa assinar a Lei Áurea para abolir a escravidão no Brasil, em 1888, a família real teve a ideia de construir algo para preencher o topo do Corcovado, um local com linda vista e grande fluxo de visitação.

Na época, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro sugeriu que fosse feita uma homenagem para Isabel. A princesa recusou a proposta e solicitou que o monumento idealizado fosse algo religioso relacionado a Jesus, já que ela era católica.

Pedro I não assinou a Independência do Brasil

O Brasil conseguiu a independência em 1822, o que ficou marcado na memória dos brasileiros por meio do grito “Independência ou Morte” de Dom Pedro I, no dia 7 de setembro.

No entanto, quem realmente declarou a desvinculação do país de sua colônia foi a princesa Maria Leopoldina, que assinou, no dia 2 de setembro, os papéis elaborados por José Bonifácio.

Criação do Banco do Brasil

Em 1808, o príncipe regente Dom João deu o alvará para a criação de um banco financeiro ligado ao Estado. Com isso, o Banco do Brasil se tornou a primeira instituição bancária existente no país e foi idealizado para ajudar o governo a financiar os custos.

Localizado inicialmente no Rio de Janeiro, a instituição lidou com dificuldades para vender ações e viu a dívida do banco aumentar. Segundo o Arquivo Nacional, a dívida ficou ainda maior quando a família real retornou a Portugal, em função da retirada de joias e metais preciosos guardados nos cofres, o que gerou um prejuízo de 200 contos de réis (200 milhões de réis), a moeda brasileira na época.

Coração de Dom Pedro I

Após morar por um ano na cidade de Porto, em Portugal, Dom Pedro I decidiu que seu coração seria doado para a cidade depois que ele morresse, como forma de gratidão.

Esse pedido ficou registrado em seu testamento e foi realizado em 1834. O coração do imperador foi preservado em formol e permanece na cidade.

Em 2022, o frasco com o órgão foi transportado para o Brasil e foi exposto no Palácio do Itamaraty em homenagem às comemorações dos 200 anos da independência do país, mas foi devolvido para Portugal logo depois.

*Sob supervisão de Leonardo Meireles

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