Ibaneis estuda inserir Polícia Militar no Plano de Saúde do GDF
Governador pediu um levantamento para a inclusão da corporação no Plano GDF Saúde; plano já conta com 100 mil beneficiários
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, estuda inserir a Polícia Militar no Plano GDF Saúde. A medida foi solicitada por Ibaneis a Ney Ferraz, secretário de Economia do DF, que, por sua vez, pediu um levantamento para analisar os impactos da inclusão. Segundo a pasta, “em alinhamento com essa orientação, o INAS (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal) está à disposição para assessorar os órgãos envolvidos nos referidos estudos”, disse.
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A expectativa é que a inserção da corporação no plano de saúde do governo facilite e garanta melhor acesso a atendimentos, principalmente psicológicos, para a tropa. No começo do ano passado, depois de um PM atirar contra o próprio colega dentro de uma viatura no Recanto das Emas e se matar em seguida, a saúde mental dos servidores se tornou um tema de debate.
Relembre
Na ocasião, o R7 ouviu o psiquiatra e professor de medicina do Ceub, Lucas Benevides que destacou a importância de os agentes terem acompanhamento constante. “Esses profissionais estão frequentemente expostos a situações traumáticas e de alto estresse, o que pode levar a transtornos de estresse pós-traumático, depressão e ansiedade. Além disso, a natureza do trabalho pode afetar suas relações pessoais e sociais”, avaliou.
Para ele, é necessário que as corporações adotem estratégias como um departamento de psicologia dentro das forças policiais dedicado ao bem-estar dos agentes e programas regulares de avaliação psicológica. “Ensinar técnicas de gestão de estresse e resiliência pode ser extremamente benéfico, assim como disponibilizar linhas telefônicas ou outros recursos para que os agentes possam buscar ajuda de forma anônima e segura”, disse.
Logo depois do episódio, a governadora em exercício do DF, Celina Leão, lamentou a perda dos dois PMs pelas redes sociais. “Este evento doloroso destaca a urgência de priorizar a saúde mental dentro das forças de segurança. Estamos comprometidos e iremos investir cada vez mais em programas que busquem harmonia entre saúde mental e o aspecto profissional da nossa corporação”, escreveu.