O governador Ibaneis Rocha (MDB) pediu à Procuradoria Geral do DF (PGDF) que acione a Justiça contra a paralisação dos professores que teve início nesta quinta-feira (4). Os docentes pedem recomposição salarial e reestruturação da carreira. Na terça-feira (2), Ibaneis sancionou um reajuste linear de 18%, dividido em três parcelas anuais de 6%, para todo o funcionalismo da capital. Para o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), porém, o aumento não é suficiente, e a primeira parcela não cobre as perdas salariais após cinco anos sem reajuste. Um professor em início de carreira com 40 horas de aula por semana recebe, hoje, R$ 5.016,53, com gratificações. Segundo informações da Secretaria de Fazenda, no fim da carreira o profissional pode ganhar até R$ 10 mil. A vice-governadora Celina Leão (PP) afirmou que o governo não negociará com os professores enquanto houver greve. A expectativa é que a PGDF acione a Justiça ainda nesta quinta. De acordo com a diretora do Sinpro Luciana Custódio, com as perdas salariais, os professores passaram a receber abaixo do piso. "Quem acaba com a greve é a decisão da categoria, e temos todas provas de todas as tentativas de reunião com o governo, que nos ignorou", destacou.