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‘Ignorância ou desonestidade’, diz Haddad sobre oposição a propostas fiscais do governo

Durante CAE, ministro disse que existe falta de compreensão dos desafios enfrentados pela gestão Lula e alertou que o orçamento de 2026 pode não fechar sem a MP do IOF

Brasília|Luiza Marinho*, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Fernando Haddad critica a falta de compreensão da oposição sobre desafios fiscais do governo federal.
  • O ministro alerta para a ignorância ou desonestidade intelectual nas discussões sobre finanças públicas.
  • Haddad afirma que o orçamento de 2026 pode não fechar sem a aprovação da MP do IOF.
  • Ele defende a responsabilidade nas decisões econômicas e destaca os impactos de ações passadas sobre as contas atuais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Haddad também defendeu um debate público mais informado sobre as contas públicas do país Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez nesta terça-feira (14) um discurso na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado sobre a “falta de compreensão em relação às dificuldades fiscais enfrentadas pelo governo federal”. Na audiência, Haddad afirmou que existe uma “ignorância ou desonestidade intelectual” sobre as fontes de financiamento e as despesas públicas.

“Tem pessoas que, não sei se por ignorância ou desonestidade intelectual, não querem enxergar as dificuldades que esse governo está enfrentando, como a transparência. Quando os números estão na tela, as pessoas acompanham a evolução dos dados, mas se recusam a falar. Esse tipo de debate não concorre para produzir um ambiente saudável para nós reconhecermos os problemas que o país enfrenta, e que está enfrentando e superando”, afirmou.


Decisões passadas

Haddad disse que decisões tomadas em anos anteriores em relação à economia continuam gerando impactos sobre as contas públicas e defendeu que haja mais responsabilidade ao avaliar as consequências fiscais de cada medida.

“Não estou colocando a culpa no governo Temer, estou culpando a área econômica que não nos alertou para o problema”, falou.


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Ele citou, por exemplo, R$ 64 bilhões em compensações tributárias no ano passado, decorrentes de uma decisão de 2017.

“Foram 64 bilhões de reais de compensação de tributos que foram pagos antes de 2017, e que estão sendo compensados agora. […] É preciso medir as consequências do que vai ser decidido nas contas superiores”, destacou.


IOF e orçamento de 2026 sob pressão

Ao comentar o planejamento para o próximo ano, Haddad afirmou que fechar o orçamento de 2026 será um desafio sem a aprovação da MP (Medida Provisória) do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que substitui a elevação do imposto sobre operações financeiras.

A medida, segundo ele, era uma parte essencial do Projeto de Lei Orçamentária Anual, que foi encaminhado ao Congresso em agosto, e previa arrecadação de R$ 17 bilhões em 2026.


“Eu acredito que vai haver, daqui para o final do ano, uma compreensão de que nós temos um orçamento encaminhado no dia 31 de agosto com alguns pressupostos. A MP 1.303 era um pressuposto importante. Vamos combinar, ela era muito justa, inclusive no que diz respeito aos títulos públicos, porque diminuía a distância do que é pago por alguém que adquire um título público do que é pago por alguém que adquire um título incentivado”, afirmou.

Segundo o ministro, o Congresso começa a entender os impactos da não aprovação da MP e a possibilidade de cortes em áreas estratégicas e em emendas parlamentares.

“Eu vejo aqui no Senado, mas também de algumas lideranças da Câmara, agora que a poeira baixou, a compreensão de que isso vai ter efeito sobre outros processos, como dificuldade de fechar peça orçamentária, necessidade de corte em áreas prioritárias, em emendas. Isso tem efeitos. Com a volta do presidente, vamos sentar com os líderes para buscar uma solução para o orçamento do ano que vem”, declarou.

*Sob supervisão de Bruna Lima

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