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Indicado para chefiar Petrobras tentou ser deputado no RJ e defendeu paridade de preços

José Mauro Coelho recebeu 1.437 votos nas eleições de 2006. Nomeação precisa ser referendada por assembleia geral

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Registro de candidatura de José Mauro Coelho no TSE
Registro de candidatura de José Mauro Coelho no TSE Registro de candidatura de José Mauro Coelho no TSE

Indicado para comandar a presidência da Petrobras, o químico José Mauro Ferreira Coelho se candidatou a deputado estadual pelo PSDB no Rio de Janeiro em 2006, mas teve 1.437 votos (0,018%) e não foi eleito. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele usava o nome de "Prof. José Mauro" no pleito eleitoral.

Na ocasião, o químico declarou ter R$ 82.450,00 em bens, sendo R$ 80 mil de um apartamento financiado, R$ 2.400 relativos a 40% das cotas de uma empresa chamada Cage-Consultoria e Assessoria em Gestão Empresarial Ltda. e uma linha telefônica no valor de R$ 50.

Coelho foi indicado ao posto nesta quarta-feira (6), após crise aberta com a desistência dos sugeridos anteriormente pelo presidente Jair Bolsonaro. O nome do consultor precisa ser referendado pelos demais acionistas em assembleia geral, prevista para o dia 13 de abril.

Preço de paridade de importação

Em entrevista à TV Brasil, em agosto de 2021, Coelho defendeu a prática de preços de paridade de importação, o chamado PPI — que faz com que os preços da gasolina, do etanol e do óleo diesel acompanhem a variação do valor do barril do petróleo no mercado internacional, bem como a do dólar.

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"Embora o Brasil seja um grande produtor de petróleo e gás natural, nós somos importadores dos principais derivados de petróleo. Então nós importamos o GLP, o gás de botijão, nós importamos gasolina e o diesel — temos dependência externa de diesel na ordem de 20%", disse.

"Como importador de derivados, eu tenho que praticar um preço que nós chamamos de preços de paridade de importação. Ou seja, o preço que é praticado no mercado internacional, mais todos aqueles que eu tenho para internalizar esse produto no Brasil", completou.

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O indicado para chefiar a principal estatal brasileira argumenta que o país não tem agentes importadores que garantam o abastecimento. "Ninguém vai fazer investimento se não for dessa forma", destacou.

A medida é duramente criticada pelo presidente Jair Bolsonaro. O aumento recente dos preços dos combustíveis e a demora na queda dos valores do litro da gasolina e do diesel geram desgaste para o governo e podem prejudicar a campanha política do mandatário, que tentará a reeleição em outubro deste ano.

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Coelho é ex-oficial de artilharia do Exército Brasileiro. Ele é graduado em química industrial pelas Faculdades Reunidas Professor Nuno Lisboa, especialista em ciências dos materiais pelo INT (Instituto Nacional de Tecnologia), mestre em engenharia dos materiais pelo IME (Instituto Militar de Engenharia) e doutor em planejamento energético pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O nome escolhido por Bolsonaro, se aprovado pelo conselho, será o substituto do general Joaquim Silva e Luna. A saída de Silva e Luna do cargo foi definida pelo presidente da República no fim de março. Após a decisão, o general defendeu a gestão e as decisões adotadas pela estatal, alvo de críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses de aumentos dos combustíveis ao consumidor.

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