José Mauro Ferreira Coelho é novo indicado para presidir a Petrobras
Atualmente, o químico industrial ocupa a presidência do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo
Brasília|Emerson Fraga, do R7, em Brasília, e Thiago Nolasco, da Record TV
José Mauro Ferreira Coelho, atual presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural) e ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, foi indicado para a presidência da Petrobras nesta quarta-feira (6). Para assumir a presidência do conselho da empresa, foi sugerido o nome do atual conselheiro Marcio Andrade Weber.
Coelho é ex-oficial de Artilharia do Exército Brasileiro. Ele é graduado em química industrial pelas Faculdades Reunidas Professor Nuno Lisboa, especialista em ciências dos materiais pelo INT (Instituto Nacional de Tecnologia), mestre em engenharia dos materiais pelo IME (Instituto Militar de Engenharia) e doutor em planejamento energético pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
As indicações devem ser confirmadas pela assembleia-geral ordinária da Petrobras, marcada para 13 de abril. Nesta semana, desistiram das indicações aos cargos Adriano Pires, sugerido para ocupar a presidência da estatal, e Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, que declinou da indicação para a presidência do conselho de administração.
O nome escolhido por Bolsonaro, se aprovado pelo conselho, será o substituto do general Joaquim Silva e Luna. A saída de Silva e Luna do cargo foi definida pelo presidente da República no fim de março. Após a decisão, o general defendeu a gestão e as decisões adotadas pela estatal, alvo de críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses de aumentos dos combustíveis ao consumidor.
A política de preços adotada pela Petrobras, de PPI (paridade com o mercado internacional), leva em consideração o mercado financeiro com a variação do dólar, somada ao preço do barril de petróleo.
Para Bolsonaro, a política de preços da Petrobras, os aumentos recentes do preço dos combustíveis e a demora na queda dos valores do litro da gasolina e do diesel, mesmo diante da baixa do dólar, geram desgaste no governo e podem prejudicar a campanha política do presidente, que vai tentar a reeleição.