'Injustificável', diz Itamaraty sobre atentado contra Cristina Kirchner

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores condenou toda e qualquer forma de violência com motivação política

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

02/09/2022 - 17h07 (Atualizado em 19/02/2024 - 18h26)

O Ministério das Relações Exteriores repudiou na tarde desta sexta-feira (2) a tentativa de assassinato contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. "O Brasil repudia toda e qualquer forma de violência com motivação política e reitera seu invariável respaldo à irmã nação Argentina", diz a nota do Itamaraty.

Kirchner foi alvo de um atentado com arma de fogo na noite de quinta-feira (1º), quando chegava em casa no bairro Recoleta, em Buenos Aires, e assinava livros de apoiadores que a aguardavam. O autor do atentado chegou a encostar uma pistola no rosto da vice-presidente.

Em imagens que circulam nas redes sociais , é possível ver o momento em que Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos, aponta a arma e faz menção de que vai atirar, mas a arma falha e o disparo não é efetuado.

A Justiça da Argentina determinou na terça-feira (1º) a libertação de uma jovem suspeita de participação na tentativa de homicídio contra a vice-presidente Cristina Kirchner, pela qual três pessoas foram detidas e estão sendo processadas.
A Câmara de Apelações concluiu pela ausência de mérito para acusar Agustina Díaz, de 21 anos, devido à insuficiência de provas até o momento. No entanto, a decisão não é definitiva.

O atentado à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, representa uma escalada da violência contra personalidades da política mundial. Kirchner, que foi alvo de tentativa de homicídio em frente de casa na última quinta (1º), se junta a uma lista em que estão o ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, o ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

O ataque repercutiu rapidamente no país e no mundo. Nesta foto, um homem tenta conseguir informações, via smartphone, sobre o ataque a arma contra Cristina
Kirchner

Os apoiadores estavam em frente à casa da política no momento do atentado. Eles a aguardavam para receberem autógrafos e demonstrarem apoio, já que Kirchner enfrenta críticas públicas e é alvo de processo criminal. A Justiça quer uma pena de 12 anos de prisão para a ela

A polícia argentina isolou o local do atentado assim que aconteceu. O homem de 35 anos que tentou disparar contra Cristina Kirchner já está atrás das grades

As unidades de investigação da Polícia Federal da Argentina coletam provas do ataque. O suspeito de tentar matar Cristina Kirchner é Fernando Sabag Montiel, que já tinha antecedentes criminais. Em março de 2021, foi preso por porte de arma. Ele vive na Argentina desde 1993, de acordo com o diário Clarín

Nesta foto, um membro da polícia científica trabalha em frente à casa da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O autor do atentado trabalha como motorista de aplicativo

A Justiça da Argentina determinou na terça-feira (1º) a libertação de uma jovem suspeita de participação na tentativa de homicídio contra a vice-presidente Cristina Kirchner, pela qual três pessoas foram detidas e estão sendo processadas. A Câmara de Apelações concluiu pela ausência de mérito para acusar Agustina Díaz, de 21 anos, devido à insuficiência de provas até o momento. No entanto, a decisão não é definitiva.

Na sequência, o homem tentou fugir, mas foi contido pelas pessoas ao redor e preso pela polícia. O ministro de Segurança, Aníbal Fernández, informou que o brasileiro tem registro para trabalhar como motorista de aplicativo.

Apoiadores de Kirchner marcaram para hoje manifestações pelas ruas de Buenos Aires. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou feriado nacional.