Intervalo para aplicação da dose de reforço no DF será de quatro meses
Ibaneis Rocha confirmou redução no período entre a segunda e a terceira dose da vacina contra a Covid-19
Brasília|Emerson Fraga, do R7, em Brasília
A partir desta terça-feira (21), quem tomou a segunda dose de alguma das vacinas contra a Covid-19 há pelo menos quatro meses pode procurar os postos de saúde para receber o reforço. A antecipação do prazo entre a dose 2 e a dose de reforço foi confirmada nesta segunda (20) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). "A partir de amanhã começamos a vacinação com a dose de reforço", afirmou.
Já havia uma expectativa em torno da redução desse hiato depois das declarações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ibaneis garantiu que o DF dispõe de vacinas suficientes em estoque para imunizar a população. O painel do vacinômetro mostra que o Distrito Federal possui 285.450 doses destinadas à aplicação de reforço. "Dá para a gente começar a aplicação sem esperar as entregas normais que vêm sendo feitas pelo Ministério da Saúde", assegurou o governador.
Atualmente, cerca de 11% dos brasilienses tomaram a terceira dose. O intervalo em vigor até então era de cinco meses para vacinas da Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e CoronaVac. No caso da Janssen, o prazo mínimo é de dois meses para o reforço.
Ômicron
A antecipação pretende ampliar o público elegível para o reforço e evitar o alastramento de infecções pela variante Ômicron do coronavírus, que está em circulação no DF. "Essa dose de reforço vai garantir mais imunidade à população. Estamos em momento de abertura do comércio, abertura da indústria, de vários setores, inclusive setor de shows e eventos, a gente quer continuar exatamente nisso: abrindo mais os ambiente, mas com as pessoas tendo segurança", apontou o governador.
Segundo Ibaneis, os dois viajantes vindos de Cancún, no México, que foram diagnosticados com a cepa não precisaram ser hospitalizados. Antes disso, outros dois que chegaram à cidade em voo oriundo da África do Sul também tiveram a doença.
Vacinação de crianças
Questionado sobre a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos com doses da Pfizer/BioNTech, autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ibaneis afirmou que aguarda um posicionamento do governo federal, que só deve sair em janeiro de 2022. "Ainda depende de formulação, entrega de vacinas, porque a liberação da Anvisa foi diante de algumas normas que precisam ser seguidas. Precisamos aguardar o Ministério da Saúde para saber como será feito", disse Ibaneis.