Interventor do DF afirma que extremistas não poderão retornar ao QG do Exército
Acampamentos foram desativados nesta segunda (9), e todos os participantes foram encaminhados para a Polícia Federal
Brasília|Do R7, em Brasília
Ricardo Cappelli, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como interventor na segurança no Governo do Distrito Federal, afirmou, nesta segunda-feira (9), que não será permitida a volta de manifestantes ao QG do Exército, em Brasília.
"Desativamos o acampamento que funcionou como QG dos atos antidemocráticos inaceitáveis de ontem. Todas as barracas serão retiradas. A área foi retomada, e não será permitida a volta de 'manifestantes'. Todos os elementos foram encaminhados para a PF. A lei será cumprida", declarou Cappelli, em uma rede social.
Barracas, lonas, alimentos e demais materiais recolhidos durante a desocupação do acampamento serão devolvidos aos donos que conseguirem comprovar que pertencem a eles. De acordo com a comunicação do Exército, os responsáveis poderão se apresentar no Comando Militar do Planalto e pedir a devolução, após o término das operações.
Até o início desta tarde, aproximadamente 1.200 pessoas haviam sido retiradas do local pelos militares. A estimativa é que aproximadamente 3.000 manifestantes tenham se reunido no acampamento durante o fim de semana.
O desmonte e o recolhimento dos objetos começaram no início da manhã desta segunda-feira (9), após determinação de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deu prazo de 24 horas para que as forças militares começassem a agir e para que as pessoas, reunidas no local há mais de 60 dias, saíssem do QG.
Os manifestantes foram levados em ônibus das empresas do transporte público do DF para passar por averiguação de documentos e para checar se participaram dos atos de vandalismo.