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Investigações revelam intenção homicida de núcleo golpista, diz Gonet

Primeira Turma do STF começa a julgar os réus acusados de planejar ‘ações táticas’ para concretizar o plano golpista

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que investigações comprovam intenção homicida do núcleo golpista.
  • A Primeira Turma do STF iniciou o julgamento de réus envolvidos em um plano golpista durante o governo de Jair Bolsonaro.
  • O grupo tentava pressionar o Alto Comando do Exército e articular ataques a autoridades, incluindo o presidente Lula.
  • Gonet destacou que reuniões entre integrantes do grupo tinham como objetivo planejar táticas e obter apoio militar para o golpe.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Paulo Gonet foi o segundo a falar durante o julgamento do núcleo 3 Rosinei Coutinho/STF - 11.11.2025

Durante o julgamento do núcleo 3 da trama golpista, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou, nesta terça-feira (11), que as investigações deixam evidente que o grupo tinha a intenção de matar e atacar autoridades, incluindo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

“Foi reconhecida a cadeia dos fatos expostos na denúncia [...]. As investigações escancaram a declarada disposição homicida brutal da organização criminosa”, disse o PGR.


Nesta terça-feira (11), a Primeira Turma do STF começa a julgar os réus do chamado núcleo 3 da trama golpista, que ocorreu durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo é acusado de planejar “ações táticas” para concretizar o plano golpista.

Na denúncia, a PGR entendeu que o grupo atuou em duas frentes principais: de um lado, buscando pressionar o Alto Comando do Exército a aderir ao golpe, e, de outro, articulando planos de neutralização e ataque a autoridades.


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Na fala, Gonet comentou, ainda, sobre as reuniões entre os “kids pretos” com o intuito de pressionar comandantes das Forças Armadas a apoiarem a trama golpista.

“A reunião torna-se parte crucial dos desdobramentos da trama do golpe”, justificando que o referido encontro foi organizado com antecedência, com o intuito de acertar táticas e obter apoio de chefes militares.


“A explicação de que alguns amigos se encontraram para singelos fins recreativos se desautoriza diante das provas do que foi efetivamente tratado e decidido na ocasião, com seriedade e minúcias”, alegou Gonet, elencando que foi efetuado registro escrito da temática e medidas a serem abordadas e “até de órgãos a serem formados para por em funcionamento o governo alternativo”.

Paulo Gonet é o segundo a falar durante o julgamento. Primeiro, o ministro relator, Alexandre de Moraes, leu relatório. Na sequência, a defesa de cada réu, em ordem alfabética, tem até uma hora para apresentar seus argumentos.


Quem são os acusados

Ao todo, o grupo é formado por 10 integrantes — sendo três coronéis, um general da reserva, cinco tenentes-coronéis e um policial federal. São eles:

  • Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército, preso na Operação Tempus Veritatis);
  • Estevam Theophilo (general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel, ligado ao grupo “kids pretos”);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel, citado em discussões sobre a minuta golpista);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).

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