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R7 Brasília

Irmão de Davi Alcolumbre é alvo da PF em investigação sobre compra de votos no Amapá

Segundo PF, eleitores eram atraídos a um consultório de fachada para receber dinheiro em troca de votos para Josiel Alcolumbre

Brasília|Natália MartinsOpens in new window

Josiel Alcolumbre, alvo de operação da PF no Amapá TSE/Reprodução

Josiel Alcolumbre (União Brasil-AP), irmão do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na segunda-feira (30). A ação faz parte da Operação Voto Limpo, que investiga a compra de votos e falsidade ideológica eleitoral. A PF não confirmou oficialmente os nomes dos alvos da operação, mas o R7 apurou que o irmão do senador amapaense está entre os investigados.

As investigações começaram após denúncias de que eleitores estariam sendo levados a um consultório de fachada para receber dinheiro em troca de votos para Josiel, candidato a vereador em Macapá.

Durante a operação, foram apreendidos R$ 5 mil em dinheiro, materiais de campanha e uma lista com nomes de mais de 100 eleitores, encontrados em um carro de uma pessoa que estava no local. A operação foi realizada em conjunto com o Ministério Público Eleitoral.

Josiel é candidato a vereador, mas também é primeiro suplente de Davi na atual legislatura no Senado. Ele também é presidente licenciado do Sebrae no Amapá. Em nota, a assessoria do candidato negou que ele tenha sido alvo de busca e apreensão, afirmando que o comitê eleitoral passou por fiscalização, assim como “dezenas de comitês eleitorais de vereadores em Macapá.”


“No nosso comitê, nada foi encontrado além de santinhos e material de campanha. Reiteramos nossa confiança no trabalho da Justiça e apoiamos a fiscalização eleitoral das candidaturas a vereador em Macapá.”

Segundo a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção eleitoral e falsidade ideológica eleitoral. Em caso de condenação poderão a soma das penas chegar até 9 anos de reclusão, além do pagamento de multa e em caso de vitória nas urnas, a perda do mandato.


Investigações da Polícia Federal

Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, até 1º de outubro, a Polícia Federal abriu 2.161 inquéritos para investigar crimes eleitorais. Isso representa uma média de 50 inquéritos por dia envolvendo candidatos às prefeituras e câmaras municipais. O crime mais investigado tem a ver com declarações falsas nas prestações de contas eleitorais, popularmente conhecido como “caixa dois”. Nesse intervalo, foram abertos 629 inquéritos para apurar casos desse tipo.

O segundo crime mais investigado é a compra de votos, com 535 inquéritos. Em seguida, com 255 inquéritos, vem a corrupção, que envolve a apropriação de recursos destinados ao financiamento de campanhas.

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