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R7 Brasília

Itamaraty condena escalada militar e ataques terroristas no Iêmen e na Arábia Saudita

Ministério das Relações Exteriores divulgou texto do Conselho de Segurança da ONU que critica conflito na Península Arábica  

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Mulher e filha observam a cidade de Sana, no Iêmen
Mulher e filha observam a cidade de Sana, no Iêmen

O Ministério das Relações Exteriores condenou a escalada militar no Iêmen e os ataques terroristas nos Emirados Árabes e na Arábia Saudita. A posição do Brasil acontece no âmbito do Conselho de Segurança da ONU e foi divulgada pelo Itamaraty nesta quarta-feira (1º).

A Resolução 2624 foi construída pelo colegiado internacional em reunião que aconteceu no dia 28 de fevereiro, pouco mais de 15 dias após o ataque terrorista reinvidicado pelo houthis, em Abu Dhabi, e que deixou três civis mortos na capital dos Emirados Árabes. O documento renova o regime de sanções ao Iêmen por um ano e classifica os houthis como grupo terrorista.

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Da minoria zaidi do islamismo xiita, os houthis controlam a capital do Iêmen e outras partes do país desde 2014. Eles travam batalha contra uma coalizão sunita liderada pela Arábia Saudita e com participação dos Emirados Árabes Unidos. O grupo é aliado do Irã, histórico desafeto dos dois países.


O documento do Conselho de Segurança da ONU também expressa preocupação com outras questões de violência na região, como o desaparecimento forçado de civis no país, denúncias de tortura em presídios, violência sexual contra mulheres e o risco ambiental de navegação no Mar Vermelho. 

Diplomacia com Arábia Saudita e Iêmen

Na terça (31), o Senado aprovou a indicação do diplomata Sérgio Eugênio de Risios Bath como embaixador do Brasil na Arábia Saudita e na República do Iêmen. O embaixador foi aprovado com 42 votos e a indicação será encaminhada ao presidente da República, Jair Bolsonaro. 


O Brasil tem uma balança comercial favorável com os dois países. No caso da Arábia Saudita, em US$ 359 milhões. Aves, açúcares, carne bovina e milho são exportados para o país árabe, e as importações brasileiras concentram-se em óleos brutos de petróleo, adubos e fertilizantes químicos, além de matérias plásticas. Apesar disso, a Arábia Saudita tem reduzido exportação de carne aviária, principal produto de exportação do Brasil para o reino.

Já no Iêmen, as exportações para o país seguiram estáveis mesmo com os conflitos na região, que tiveram início com a Primavera Árabe, em 2014. O intercâmbio bilateral entre os dois países totalizou US$ 364,4 milhões em 2019. Os principais produtos exportados são açúcares e carnes de aves.

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