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R7 Brasília

Janja diz que plataformas 'lucram em cima do ódio' ao permitirem postagem em perfil hackeado

Primeira-dama também criticou o 'transtorno e burocracia’ para recuperar conta invadida; PF investiga dois suspeitos

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Conta da primeira-dama foi invadida na segunda
Conta da primeira-dama foi invadida na segunda

Em sua primeira postagem após ter a conta em uma rede social hackeada, a primeira-dama Janja Lula da Silva pediu a responsabilização das plataformas e afirmou que as empresas "lucram em cima do ódio" (veja texto completo abaixo). O texto foi publicado na noite deste domingo (17). A conta da primeira-dama foi invadida na segunda-feira (11), quando foram publicados posts com xingamentos a autoridades e mensagens com teor sexual. Um adolescente de 17 anos, morador do Distrito Federal (DF), e um homem de 25 anos, de Minas Gerais, são investigados pela Polícia Federal (PF).

Assim como na primeira declaração após o ataque, feita em outra plataforma, a primeira-dama também voltou a criticar os ataques de ódio e defendeu a responsabilização das empresas. "Na maioria das vezes, o que essas mulheres encontram é o descaso, o desrespeito e a revitimização, quando não, a morte."

Precisamos falar sobre a responsabilização das plataformas. Não podemos permitir que cada vez mais crimes de ódio sejam cometidos contra nós, mulheres, fora e dentro do ambiente online. Não podemos permitir que as plataformas sigam lucrando em cima do ódio, coisa que tenho certeza que aconteceu no caso da invasão do meu perfil. Um hora e meia de monetização

Ainda no texto, Janja disse que a equipe responsável pela gestão da conta agiu rapidamente, mas o bloqueio demorou a ser feito. "O transtorno e a burocracia continuaram para que a conta fosse recuperada e o relatório da plataforma fosse finalmente entregue para investigação da Polícia Federal, o que aconteceu somente quatro dias depois dos crimes cometidos."

Operações da PF

A primeira-dama também comentou a operação da Polícia Federal (PF) que fez buscas na casa de um adolescente de 17 anos, morador do Distrito Federal, na quinta (14). "É triste que um adolescente de 17 anos, que confessou a invasão ao meu perfil, esteja no ambiente das redes disposto a espalhar tanto ódio e repulsa às mulheres."


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O adolescente teria admitido a invasão, mas foi levado para a sede da PF para ser ouvido formalmente. Além dele, um homem de 25 anos, morador de Minas Gerais, foi alvo de uma operação da PF na terça (12).


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De acordo com membros da PF, os dois jovens se comunicavam pela internet. O suspeito de Minas Gerais tem uma banda, da qual o suspeito de Brasília é fã. O próprio músico teria confessado em depoimento que uma plataforma retirou alguns vídeos por serem considerados ofensivos.


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Os policiais federais disseram ainda à reportagem que ambos são simpatizantes de um grupo misógino de extrema-direita. Os suspeitos podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e difamação.

Relembre o ataque

O ataque ocorreu na noite da segunda-feira (11), e a conta foi bloqueada a pedido da corporação. Entre as publicações falsas, que começaram às 21h37 e incluem xingamentos e mensagens de cunho sexual, há frases como "Eu apoio o mensalão" e "Alexandre de Moraes é bandido", em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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