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R7 Brasília

João de Deus é condenado a mais 118 anos de prisão; penas de todos os processos somam 489 anos

Todas as 17 ações penais respondidas por ele foram julgadas em primeira instância; crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2017

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Médium foi condenado a 489 anos e 4 meses de reclusão
Médium foi condenado a 489 anos e 4 meses de reclusão

O juiz Marcos Boechat Lopes Filho, da comarca de Abadiânia (GO), publicou nesta sexta-feira (15) as últimas quatro sentenças criminais relacionadas ao suposto médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus. Ele foi condenado em três processos à prisão de 118 anos, 6 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática de crimes de estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

Somadas as penas das 17 ações penais julgadas em primeira instância, o médium foi condenado a 489 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado.

Os crimes foram praticados entre os anos de 2010 e 2017 e envolvem 18 vítimas. Nas sentenças, foram também fixadas indenizações por danos morais às vítimas em valores de até R$ 100 mil para cada. Ele foi absolvido, entretanto, da acusação de crime contra as relações de consumo por insuficiência de provas.

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No total, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) já analisou seis apelações feitas pela defesa de João Teixeira de Faria contra sentenças condenatórias, que foram conhecidas e parcialmente providas. Duas delas estão em fase de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ainda não foram julgadas. Nenhum acórdão é definitivo, ou seja, transitou em julgado.


No total, o médium foi denunciado em relação a crimes praticados contra 66 vítimas e condenado em relação a 56 delas. Foi reconhecida a extinção da punibilidade pela decadência ou prescrição — ou seja, por causa do tempo que se passou entre o fato e a denúncia — em relação a 120 vítimas. João Teixeira de Faria segue em prisão domiciliar em razão de decisão proferida em segunda instância.

O R7 tenta contato com a defesa de João de Deus.

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