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Justiça determina nova perícia nas armas de agentes da PRF e no carro da família da menina Heloísa

Criança de 3 anos morreu após ser atingida por fragmento de bala na cabeça e na coluna durante abordagem em Seropédica (RJ)

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Heloísa, de 3 anos, morreu nove dias após ser atingida
Heloísa, de 3 anos, morreu nove dias após ser atingida

A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que a Polícia Federal faça uma nova perícia em todas as armas que estavam com os policiais rodoviários federais e no fragmento de bala que atingiu Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, na cabeça e na coluna. O caso aconteceu durante uma abordagem em Seropédica (RJ), no último dia 7. A menina morreu nove dias depois.

O juiz da 1ª Vara Federal Criminal também determinou que seja feita uma nova vistoria no carro em que estava a família da vítima. A decisão analisou os argumentos do procurador da República Eduardo Benones, coordenador do Núcleo do Controle Externo da Atividade Policial do MPF no Rio de Janeiro, sobre a necessidade de novas perícias.

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Entenda o caso

No dia 7 de setembro, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriram fogo contra o veículo de uma família, atingindo Heloísa. Além dela, estavam no carro o pai, a mãe, a irmã, de 8 anos, e uma tia. Heloísa faleceu no dia 16 de setembro.

De acordo com parentes da menina, o veículo no qual estava a família de Heloísa passou perto do posto da PRF sem ser abordado, mas, em seguida, foi acompanhado por um carro da polícia. Ainda segundo os relatos, quando o carro diminuiu a velocidade e ligou a seta, para dar sinal de que pararia, os disparos teriam sido efetuados pelos agentes em direção ao veículo.


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Na semana passada, a Justiça Federal determinou que seja realizado o monitoramento eletrônico e o recolhimento domiciliar dos três agentes da PRF supostamente envolvidos no episódio. Também foi ordenado o afastamento imediato das funções policiais dos servidores — com o recolhimento das armas —, que poderão ser aproveitados em função administrativa.

Desabafo da mãe

A mãe da menina fez um desabafo nas redes sociais no dia seguinte ao do sepultamento da criança. Em uma das postagens, Alana Santos escreveu: "Filha, essa semana que ficamos juntinhas, foi uma despedida tão dolorosa, ver você naquele sofrimento, lutando tanto, sendo tão forte, me encheu de esperança a todo momento. Fico lembrando de tudo, até quando vamos viver assim, pessoas que eram para nos proteger, sendo tão despreparados", disse.

Minha filha sofreu tanto, sentiu tanta dor, lembro dos gritos de desespero da minha família e dela, em especial. Me pergunto, por quê? Por que ela? Hoje sei que Deus tem o melhor para nós, um dia entenderei.

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