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Justiça do DF mantém suspensão de delegado que ajudou Robson Cândido a perseguir ex-amante

Thiago Peralva foi autorizado a retirar tornozeleira eletrônica, mas continua proibido de entrar em contato com a vítima

Brasília|Gabriela Coelho e Giovanna Inoue, do R7, em Brasília


Justiça autorizou Peralva a retirar tornozeleira eletrônica
Justiça autorizou Peralva a retirar tornozeleira eletrônica Reprodução/Recordtv Brasília

A Justiça do Distrito Federal manteve, nessa quarta-feira (7), a decisão que suspendeu o delegado Thiago Peralva da Polícia Civil do DF, até mesmo nas funções administrativas. Peralva e o ex-diretor-geral da corporação Robson Cândido são investigados por utilizar a estrutura da Polícia Civil para perseguir e ameaçar uma ex-amante de Cândido. Segundo o juiz Frederico Ernesto, o réu possui "forte influência" na corporação e a função possibilitaria acesso privilegiado a dados pessoais de testemunhas. Na decisão, consta que a presença dele poderia acarretar "constrangimentos ou mesmo intimidação". Em resposta ao R7, a defesa de Peralva disse que "em respeito ao Poder Judiciário, as manifestações defensivas de natureza técnica serão feitas apenas nos autos do Processo".

O ex-delegado-chefe foi autorizado a retirar a tornozeleira eletrônica em 26 de janeiro por ter seguido as medidas cautelares e por não apresentar perigo para a vítima, mas continua proibido de entrar em contato com a mulher.

Peralva é investigado por envolvimento na perseguição. Ele é réu por três crimes: perseguição, corrupção passiva e interceptação telefônica. O delegado foi afastado do cargo no mesmo dia da prisão de Robson Cândido, ex-diretor-geral da Polícia Civil. 

Segundo a denúncia, Peralva agiu a pedido do superior, incluindo o telefone da vítima em um sistema de interceptações telefônicas de uma investigação que apura crimes de tráfico de drogas. A mulher teria então sido monitorada e recebido ameaças por meio do grampo ilegal.

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O Ministério Público do Distrito Federal apresentou registros telefônicos que comprovariam a perseguição sofrida pela vítima. Cândido teria utilizado diversos números de telefone, inclusive linhas vinculadas à Polícia Civil, para enviar mensagens e ligar para a ex-amante. Em um único dia, ele chegou a fazer 50 ligações de um número oculto. Registros mostram que Cândido também teria perseguido a vítima dirigindo viaturas descaracterizadas.

Relembre o caso

Robson Cândido, ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF, e Thiago Peralva, ex-delegado-chefe, são investigados por utilizar a estrutura da corporação para perseguir e ameaçar uma ex-amante de Cândido.

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O ex-diretor se tornou réu por perseguição, violência psicológica, interceptação telefônica e descumprimento de medidas protetivas. Ele também responde por peculato, corrupção passiva e violência de sigilo funcional.

O policial é acusado de usar o sistema do DER-DF (Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal) mais de 30 vezes ilegalmente para perseguir a ex e de utilizar indevidamente sistemas de vigilância policiais 96 vezes na Operação Falso Policial e 58 vezes na Operação Alcateia.

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