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Justiça Eleitoral manda soltar outro investigado suspeito de desviar R$ 36 milhões do Pros

O secretário de assuntos legislativos da legenda terá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de ter contato com outros investigados

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Correio do Povo_https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADtica/elei%C3%A7%C3%B5es/elei%C3%A7%C3%B5es-2024-o-que-s%C3%A3o-os-prefeitos-itinerantes-1.1505880

O juiz titular da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, Lisandro Gomes, mandou soltar neste domingo (23) outro investigado preso na Operação Fundo no Poço que investiga o suposto desvio de aproximadamente R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral do Pros (Partido Republicano da Ordem Social). Felipe Espírito Santo, secretário de assuntos legislativos do partido Solidariedade, será solto, mas terá usar tornozeleira eletrônica.

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O suspeito também não poderá manter contato com os outros investigados e qualquer pessoa relacionada ao caso, seja diretamente ou através de seus advogados, além de recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.

O presidente do Solidariedade, Eurípedes Gomes de Macedo Júnior, suspeito de desviar R$ 36 milhões dos fundos Partidário e eleitoral, continua preso.

No último sábado (22), o juiz que acompanha o caso aceitou os recursos das defesas de Jarmisson Gonçalves, Alessandro Sousa, Cíntia Lourenço e Fabrício George Gomes, também presos por suspeita de integrar o esquema. Segundo a decisão, os investigados devem utilizar tornozeleira eletrônica e não podem manter contato com outras pessoas envolvidas no inquérito.


Na sexta-feira (21), o Superior Tribunal de Justiça, aceitou um recurso e mandou soltar o advogado Bruno Pena. Segundo o relatório da Polícia Federal, Pena integrava o chamado núcleo jurídico da organização.

Na decisão, o ministro Raul Araújo do STJ afirma que “não houve indicação concreta de nenhum ato efetivamente cometido pelo paciente que, ao fim e ao cabo, denotasse desvio ou ocultação de recursos oriundos de fundo partidário”.


Operação Fundo no Poço

A Polícia Federal deflagrou em 12 de junho uma operação que mirava o presidente nacional do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior, além de outros integrantes do partido por suspeita de desvios dos fundos partidário e eleitoral. Eurípedes Júnior não foi encontrado no dia da operação e chegou a ser considerado foragido, mas acabou se entregando no último final de semana.

A corporação cumpriu outros seis mandados de prisão e 45 de busca e apreensão no DF, em Goiás e em São Paulo. Os alvos eram dirigentes, ex-dirigentes e candidatos que concorreram a cargos pelo PROS nas eleições de 2018, antes de a sigla ser incorporada ao Solidariedade. A PF investiga, entre outras possíveis irregularidades, o uso de candidaturas laranja para receber dinheiro do fundo eleitoral.


Além de candidaturas laranja, os investigadores ressaltam que encontraram inícios de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à FOS (Fundação de Ordem Social), a fundação do partido.


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