Justiça mantém prisão de homem suspeito de estuprar filha no DF
Homem de 60 anos passou por audiência de custódia nesta quinta (7) e vai responder por cinco crimes contra a mulher de 29 anos
Brasília|Jéssica Moura, do R7, e Josiane Ricardo, da Record TV
A Justiça do Distrito Federal determinou que o homem suspeito de manter a própria filha em cárcere privado e estuprá-la continuará preso, após reconhecer que não houve irregularidades na prisão em flagrante feita na quarta-feira (6). A legalidade da detenção foi reconhecida depois de audiência de custódia realizada nesta quinta (7).
Na decisão, a juíza do caso considerou que, além da gravidade da situação específica, "o autuado possui condenações por outros delitos envolvendo violência doméstica". Por isso a manutenção da prisão, convertida em preventiva, seria necessária para evitar que ele voltasse a cometer crimes e garantir a segurança da vítima.
Relembre o caso
José Marcos Rodrigues Coutinho, 60 anos, foi preso por suspeita de violação sexual, por cinco vezes, da filha de 29 anos. A mulher, que é peruana, chegou ao Brasil há uma semana e não encontrava o pai desde a infância.
Ao chegar à casa dele, no Gama, a mulher foi mantida em cárcere privado sob ameaça. Ela ficou desacordada após ingerir bebida alcoólica, condição de que ele se aproveitou para abusar da moça. Ele disse à filha que os abusos seriam uma prática "normal".
A Polícia Civil foi alertada do caso após a denúncia anônima de uma mulher, amiga da vítima, que vivia no Peru. O homem foi encontrado em Taguatinga junto da filha, que tirava o documento de identidade numa unidade do Na Hora da região.
O último encontro entre pai e filha aconteceu quando a mulher tinha 10 anos. Ela veio ao país para visitá-lo na Papuda, onde ele cumpria pena por roubos e furtos. Agora, ele vai responder pelos crimes de lesão corporal, ameaça, sequestro, cárcere privado e estupro.