Brasília Justiça nega novo pedido de liberdade de advogado que atropelou servidora em Brasília

Justiça nega novo pedido de liberdade de advogado que atropelou servidora em Brasília

Paulo Ricardo Moraes Milhomem é acusado de tentar matar a servidora Tatiana Matsunaga após uma briga de trânsito

  • Brasília | Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Câmeras flagraram o momento em que o advogado atropelou a servidora

Câmeras flagraram o momento em que o advogado atropelou a servidora

A Justiça do Distrito Federal negou, nesta sexta-feira (24), mais um pedido de liberdade feito pela defesa do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem. Ele é acusado de tentar matar por atropelamento a servidora Tatiana Matsunaga após uma briga de trânsito. O crime aconteceu em 25 de agosto de 2021, na frente da casa dela, no Lago Sul, em Brasília. O marido e o filho mais novo da vítima presenciaram o crime, registrado pelo circuito de câmeras de segurança da casa da família.

Milhomem passou com o carro em cima da mulher e fugiu em seguida, sem prestar socorro. A decisão é do desembargador Roberval Casemiro Belinati, da 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). No entanto, os outros membros da turma ainda precisam julgar o mérito do habeas corpus. O argumento é que houve constrangimento ilegal contra o acusado.

De acordo com o advogado de Milhomem, a Justiça não fundamentou o indeferimento de um dos pedidos de revogação da prisão feitos pela defesa. Além disso, para o defensor, não existem indícios de que, em liberdade, Milhomem voltaria a cometer o crime em questão.

“A pessoa tem o direito de conhecer os motivos que levaram o magistrado a não aceitar o pedido. Segundo a Constituição, toda a decisão deve ser fundamentada”, afirmou o advogado ao R7.

Júri popular

No início do mês, a Justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra Milhomem para que ele seja julgado pelo júri popular. Ele é acusado de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil.

Tatiana ficou quase um mês na UTI do Hospital Brasília, estabelecimento onde permaneceu por 2 meses e 12 dias. Ela já está em casa, mas seu estado ainda demanda cuidados médicos e atenção.

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