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R7 Brasília

Advogado que atropelou servidora em Brasília vai a júri popular

Crime aconteceu em 25 de agosto de 2021; o advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem permanece preso preventivamente

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Imagem de câmera de segurança registra momento do atropelamento
Imagem de câmera de segurança registra momento do atropelamento

O advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem vai a júri popular pelo atropelamento da servidora Tatiana Matsunaga. Ele é acusado de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. O crime aconteceu em 25 de agosto de 2021. O juiz substituto do Tribunal do Júri de Brasília Frederico Ernesto Cardoso Maciel aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios neste sábado (4).

O advogado perseguiu a mulher até a casa dela, no Lago Sul, e a atropelou. O circuito de câmeras da casa da vítima registrou a situação. O marido dela e o filho mais novo também presenciaram o momento em que, para deixar o local, Milhomen joga o carro e passa por cima de Tatiana. Ele se entregou à polícia horas depois.

Tatiana ficou quase um mês na UTI do hospital Brasília e passou dois meses e 12 dias no hospital. O estado dela ainda demanda cuidados médicos e atenção. A defesa pediu a retirada das qualificadoras da tentativa de assassinato. O juiz aceitou a retirada de apenas uma delas, a de que Milhomen teria cometido o crime com uso de recurso que impossibilita a defesa da vítima.

"Em análise à descrição da denúncia e em relação às filmagens do evento, verifica-se sem maiores dificuldades que, no momento em que o veículo do acusado inicia o deslocamento, a vítima, por si só, caminha em direção a ele e aí não se verifica a utilização de qualquer engenho por parte do acusado para retirar da vítima qualquer ação defensiva", afirmou Maciel na decisão.

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O juiz negou o pedido da defesa de revogação da prisão preventiva e destacou que Milhomen permanecerá preso enquanto responde pelo crime. De acordo com o TJDFT, os defensores do réu ainda podem recorrer da decisão que o submete a júri popular. O R7 procurou a família da vítima e o advogado do réu, mas não obteve resposta.

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