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Lei de Uso e Ocupação do Solo divide opinião de deputados na Câmara Legislativa

Especialistas afirmam que processo de construção da lei foi obscuro

Brasília|Beatriz Ferrari, do R7

Para Chico Vigilante, não há tempo hábil para avaliar complexidade do projeto
Para Chico Vigilante, não há tempo hábil para avaliar complexidade do projeto Para Chico Vigilante, não há tempo hábil para avaliar complexidade do projeto

Um cabo de guerra instalou-se na Câmara Legislativa em torno da LUOS (Lei de Uso e Ocupação do Solo) nos últimos dias. Parte dos deputados pressiona por uma votação do projeto de lei antes do fim ano. Outra, defende a retirada de tramitação, em função da grande complexidade e polêmica que cerca o texto.

A LUOS disciplina e organiza o que e como se pode construir nas áreas não tombadas do Distrito Federal. A normatização é necessária e aguardada. Porém, especialistas afirmam que o processo de construção da lei foi obscuro e problemático.

— A iniciativa dela é muito positiva. Porque cada cidade foi sendo construída a partir de normas de construção próprias. Uma lei dá mais transparência para quem constrói e torna o processo de aprovação de projetos menos burocrático. No entanto, o debate sobre a LUOS não foi levado para a população. Os pontos específicos não estão claros para sociedade, disse Alberto de Faria, presidente do CAU (Conselho de Arquitetos e Urbanistas).

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Segundo o Thiago de Andrade, presidente IAB-DF (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e conselheiro do Conplan (Conselho de Planejamento Territorial Urbano), o projeto de lei recebeu mais de 200 emendas parlamentares que ainda não foram apreciadas no conselho.

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— As informações nos chegam de forma não oficial. É necessária uma revisão mais profunda. As propostas precisam revelar seus interesses, disse.

Um dos pontos que mostra o tamanho da polêmica é alteração do gabarito do Shopping Iguatemi. O projeto permitiria o aumento do potencial construtivo do shopping, porém sem estudo prévio suficiente sobre o impacto dessas alterações na capacidade de abastecimento ou estrutura viária, segundo Andrade.

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O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Legislativa, deputado Chico Vigilante (PT), denunciou nesta quarta-feira (10) uma “pressão política” nos bastidores para que o projeto seja votado às pressas. Segundo ele, alguns deputados estariam esvaziando as sessões e travando a votação de outros itens pendentes como forma de colocar a LUOS em plenário antes do fim do ano.

— Eu sei que está acontecendo uma pressão para que seja votada aqui na Casa. Fui informado que existe um movimento para votar a LUOS a qualquer preço e custo. Deveríamos ter votado esse projeto há três anos, para que pudéssemos liberar os alvarás e colocar as regiões administrativas dentro da legalidade. Agora, nos últimos dias do ano, não temos tempo hábil para analisar a complexidade do projeto, disse o distrital.

Nesta terça-feira, não houve quórum para as votações. São mais de 100 itens na pauta, inclusive a LOA (Lei Orçamentária Anual), que precisa ser votada antes do recesso, e abertura de crédito para o GDF, que enfrenta um momento crítico em suas finanças.

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