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‘Lema das Forças é respeitar a Justiça’, diz ministro da Defesa sobre julgamento de Bolsonaro

Caso do ex-presidente no STF será analisado até o fim da próxima semana; Múcio afirma que assunto não foi tratado com Lula

Brasília|Caroline Aguiar, da RECORD, e Ana Isabel Mansur, do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro da Defesa, José Múcio, afirma que as Forças Armadas respeitarão a decisão do STF sobre Jair Bolsonaro.
  • O julgamento do ex-presidente e aliados deve se estender até o dia 12 de janeiro.
  • Múcio destaca a importância da reconstrução da fraternidade e critica a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
  • Suspensão de exercícios militares com os EUA foi iniciativa brasileira devido a tensões atuais entre os países.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ministro defendeu a 'reconstrução da fraternidade' Marcelo Camargo/Agência Brasil - 12.02.2025

O ministro da Defesa, José Múcio, declarou nesta sexta-feira (5) que as Forças Armadas respeitarão a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O julgamento de Bolsonaro e outros sete aliados na Suprema Corte começou nesta semana e deve se prolongar até a próxima sexta-feira (12). O ex-presidente faz parte do chamado “núcleo crucial” da trama golpista.


“O lema das Forças Armadas é respeitar a decisão da justiça. Esse assunto [julgamento de Bolsonaro] é um problema da Justiça e da política. As Forças Armadas são uma coisa diferente, servem ao país. Então, nós somos conscientes de que tínhamos que passar por isso tudo. Estamos serenos e aguardando o veredicto”, declarou a jornalistas, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada.

No encontro com o petista, também participaram comandantes e ex-comandantes do Exército e da Marinha.


Segundo Múcio, o julgamento de Bolsonaro não foi tratado na reunião.

Questionado sobre a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, o ministro defendeu a “reconstrução da fraternidade”.


O perdão aos condenados pelos atos, que pode beneficiar Bolsonaro, é discutido no Congresso Nacional e divide parlamentares. A anistia é criticada por Lula.

“Acho que, se for discutir de uma forma construtiva — e não para Poder concorrer com Poder, para fazer avaliação de força, de quem manda mais —, essa queda de braço não serve ao país”, opinou Múcio.


“Estamos numa hora em que precisa juntar todo mundo para construir esse país. Todos que estamos em funções, daqui a alguns anos estamos fora disso. Então, precisamos fazer reconstruir a fraternidade deste país, [fazer] os políticos entenderem que precisam se juntar para construir uma grande dança”, ressaltou.

Relação com EUA

Múcio também comentou a suspensão de exercícios militares em parceria com os Estados Unidos. Segundo o ministro, o movimento ocorreu por iniciativa brasileira.

A decisão foi tomada em virtude do atual momento de tensão entre os dois países. Em julho, o presidente Donald Trump anunciou tarifa de 50% a produtos brasileiros comprados pelos EUA. A taxa extra começou a valer no início de agosto.

“Por precaução, nos antecipamos. Nós temos consciência de que esse ambiente que estamos vivendo não vai ser para a vida toda. Isso vai passar. E, quando passar, vamos olhar para trás e ver que quem mais teve prudência se saiu melhor”, destacou Múcio.

Leia mais

EUA x Venezuela

O ministro explicou, ainda, que o envio de tropas para a fronteira com a Venezuela era previsto desde o ano passado, em função da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), marcada para novembro, em Belém.

O deslocamento não foi relacionado às tensões militares entre EUA e Venezuela, segundo Múcio.

“Não fomos ajudar ninguém. Estamos preocupados com a nossa fronteira, para que não a transformem em uma trincheira. O Brasil é um país pacífico. Isso é como briga de vizinho. Eu não quero que mexam no meu muro, não quero que tirem a fiação da frente da casa, que não mexam na minha casa. Torcemos para que passe”, desejou.

Perguntas e Respostas

Qual é a posição do ministro da Defesa sobre o julgamento de Jair Bolsonaro?

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que as Forças Armadas respeitarão a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele destacou que o lema das Forças Armadas é respeitar a decisão da justiça e que o assunto é um problema da Justiça e da política, não das Forças Armadas.

Quando o julgamento de Bolsonaro deve ser concluído?

O julgamento de Jair Bolsonaro e mais sete aliados na Suprema Corte começou nesta semana e deve se prolongar até a próxima sexta-feira, dia 12.

O que foi discutido na reunião entre o ministro e o presidente Lula?

Na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o julgamento de Bolsonaro não foi tratado. Participaram do encontro comandantes e ex-comandantes do Exército e da Marinha.

Qual é a opinião do ministro sobre a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023?

José Múcio defendeu a “reconstrução da fraternidade” e comentou que a anistia, que pode beneficiar Bolsonaro, está sendo discutida no Congresso Nacional e divide opiniões entre os parlamentares. Ele criticou a ideia de que a discussão se torne uma disputa de poder.

O que o ministro disse sobre a suspensão de exercícios militares com os Estados Unidos?

O ministro informou que a suspensão dos exercícios militares em parceria com os Estados Unidos foi uma iniciativa brasileira, tomada em resposta ao atual momento de tensão entre os dois países, especialmente após a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros.

Qual é a justificativa para o envio de tropas para a fronteira com a Venezuela?

José Múcio explicou que o envio de tropas para a fronteira com a Venezuela já estava previsto desde o ano passado, em função da COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. Ele enfatizou que essa movimentação não está relacionada às tensões militares entre os EUA e a Venezuela.

Como o ministro descreveu a situação da fronteira do Brasil?

O ministro expressou preocupação com a fronteira do Brasil, afirmando que não deseja que ela se transforme em uma trincheira. Ele ressaltou que o Brasil é um país pacífico e que espera que as tensões se resolvam sem afetar a segurança do país.

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