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R7 Brasília

Líder da bancada evangélica apresenta projeto para dificultar cassação

Projeto foi apresentado pelo líder da Frente Parlamentar Evangélica depois da condenação do deputado Daniel Silveira

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Bancada evangélica ora no gabinete do deputado Daniel Silveira
Bancada evangélica ora no gabinete do deputado Daniel Silveira

Após a condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicial fechado, com a suspensão dos direitos políticos e a perda do mandato parlamentar, o líder da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalvante (PL-RJ), apresentou um projeto de resolução que visa dificultar a cassação de um membro da Câmara.

A matéria quer alterar o Regimento Interno da casa legislativa, ampliando de maioria absoluta (257 votos, o equivalente a mais da metade do colegiado de 513 parlamentares) para 340 votos (ou dois terços de votos favoráveis do total de membros) a quantidade de votos necessários para cassar um deputado.

A quantidade de votos proposta é superior à necessária para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que necessita de 308 votos, em dois turnos de votação.

Ao R7, Sóstenes afirmou que a intenção não é dificultar a cassação, mas "esclarecer ao STF, que decidiu cassar sem consultar o plenário". A quantidade de votos colocada no projeto pode ser reduzida, segundo ele, podendo até ficar em 257 votos. "Coloquei isso para ser gordura para negociação. Mas a ideia é referendar que só o plenário da Câmara decide sobre isso", explicou.


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Após a decisão do Supremo, foi noticiado que até internamente, entre os ministros, não há certeza sobre se a condenação gera cassação automática do mandato do deputado, ou se precisa, ainda, passar pela análise da Câmara.

Após a condenação, o presidente da Casa, Arhur Lira (PP-AL), pediu à corte que considere que o Congresso tenha a palavra final no caso de cassação de parlamentares em julgamentos na Justiça.

Sóstenes defende que a Constituição Federal é clara, e que cassação de um parlamentar cabe ao Congresso. "Mas o STF gosta de complicar as coisas. Então, a gente quer deixar claro que somos nós que decidimos sobre o assunto. Quem tem voto direto é que cassa, não quem não tem voto", disse. A questão ainda vai ser conversada com Lira, mas ele afirma que pretende pedir que o projeto seja pautado já nesta semana, com a escolha de um relator de plenário, sem passar por comissões.

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