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Líder da oposição diz que vai acionar AGU e PGR para investigar fala de Lula sobre caso Moro

Sem apresentar provas, o presidente disse que a ação que prendeu suspeitos de planejar ataque contra ex-juiz foi 'armação'

Brasília|Bruna Lima e Hellen Leite, do R7, em Brasília

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, disse que a oposição vai acionar a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o caso que envolve o senador Sergio Moro (União-PR). 

Nesta quinta-feira (23), o presidente comentou, sem provas, que o plano descoberto pela Polícia Federal (PF) que tinha como alvo o ex-juiz e a família dele é uma "armação". "É visível que é mais uma armação, mas isso a gente vai esperar, não vou atacar ninguém sem ter provas", disse o petista ao ser questionado sobre o fato de estar ou não acompanhando os desdobramentos da operação.

Para Marinho, a fala do presidente põe em dúvida a atuação da PF. Ele disse também que há a possibilidade de Lula ser investigado pelo grupo da AGU que apura a divulgação de fake news.

"Eu acho que o presidente, com essa fala, está desmoralizando o ministro da Justiça dele, que deu uma declaração mais cedo de que a Polícia Federal, de uma forma republicana, estava atuando no caso há quase dois meses. Eu acho que colocou sob suspeita o Judiciário do Paraná e a própria Polícia Federal", disse Marinho, que é líder da oposição no Senado.

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Leia também: Lula volta a atacar Campos Neto 

"É importante, até pela responsabilidade do cargo, que isso fosse apurado. Se realmente é uma armação, se não é uma armação. Se não for uma armação, que o presidente seja responsabilizado pela sua leviandade", completou.

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Para Izalci Lucas (PSDB-DF), líder da legenda no Senado, a fala do presidente é uma estratégia para tirar o foco de questões importantes. Ele citou a necessidade da abertura da CPMI para investigar se houve omissão por parte do governo nos atos de 8 de janeiro. "Cadê o anúncio da âncora fiscal, que ainda não chegou? Eu não conheço o plano de governo. Tudo o que está sendo feito só aumenta a insegurança jurídica e política."

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou a fala do presidente como uma "irresponsabilidade muito grande". "Fazer um questionamento desse, colocando sob suspeita a ação da PF, uma das instituições mais acreditadas do Brasil, mostra que ele está completamente perdido, assim como o governo dele", comentou.

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Ataque contra Sergio Moro

Na última quarta-feira (22), a PF cumpriu 11 mandados de prisão contra suspeitos de planejar os atentados. Durante as apurações, foi identificado que um olheiro, ligado à facção criminosa PCC, estaria fazendo campana na frente da casa do senador, em Curitiba. As investigações mostram que os suspeitos pretendiam realizar os ataques de forma simultânea em vários estados.

A operação foi anunciada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, que afirmou que as investigações começaram há cerca de 45 dias, depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou sobre a possibilidade dos ataques.

"Especificamente em relação ao senador Moro, chamou atenção, e foi determinante para a PF, o fato de já haver atos de montagem de estruturas para a perpetração de crimes no Paraná. Foi isso que levou parte da investigação a tramitar no Paraná", afirmou o ministro.

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