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R7 Brasília

Lira diz que há possibilidade de Congresso subir Auxílio Brasil

Em 2020, Câmara dos Deputados aumentou o valor do programa em R$ 200; em seguida, o governo ampliou em mais R$ 100

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

O presidente da Câmara, Arthur Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), admitiu nesta terça-feira (19) a possibilidade de o Congresso aumentar o valor do benefício concedido por meio do programa social Auxílio Brasil.

Está na pauta da casa legislativa uma medida provisória que complementa o valor do benefício, que substituiu o Bolsa Família. No fim do ano passado, o governo editou o texto, subindo o valor de R$ 224 para R$ 400. Agora, a MP precisa passar pelo Congresso. Caso contrário, deixa de valer.

Questionado por jornalistas se via risco de o Congresso aumentar o valor do benefício, Lira disse que "risco sempre tem". "Não fizemos reunião sobre isso, não discutimos ainda esse assunto. É um valor que está sendo pago já há três, quatro meses. É certo que vamos chegar a um bom termo, espero que tenhamos responsabilidade sobre isso", disse. O presidente afirmou que a MP deve ser votada na próxima semana, mas ainda não há definição de relator.

Em 2020, quando o governo enviou a MP que criava o auxílio emergencial, a Câmara aumentou a previsão do benefício de R$ 300 para R$ 500. Em seguida, para "carimbar" o programa como iniciativa do governo, o Palácio do Planalto autorizou a base governista a propor o aumento de mais R$ 100, chegando ao benefício de R$ 600 concedido naquele ano.


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Há, por isso, o risco de que o Congresso amplie novamente o valor. Naquela ocasião, a oposição trabalhou pelo aumento do auxílio para R$ 500. 

"Acima de tudo, a gente precisa ter responsabilidade. O Renda Brasil já veio inovando. Já é um número bastante significativo, não do tamanho que a população que está sofrendo com a alta das commodities e com a inflação, que é mundial, merece. Mas a gente tem sempre que prezar pelo que é possível. De vez em quando, quando o Congresso não pesa a mão direito sobre as contas públicas, elas se desequilibram", disse.

O assunto, segundo ele, será tratado "com toda a responsabilidade, debate claro no plenário das possibilidades de manter o texto ou alterar [...] caso a maioria dos deputados e senadores ache conveniente".

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