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Lula assume comando das negociações finais no penúltimo dia da COP30

Presidente tenta destravar pontos sensíveis e conter desgaste diplomático na reta final da conferência, em Belém

Brasília|Luiza Marinho*, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula retorna a Belém para liderar negociações na COP30.
  • Objetivo é resolver impasses entre quase 200 países sobre o Pacote de Belém.
  • Encontros paralelos com líderes e o secretário-geral da ONU estão programados.
  • Atrasos nas conversas geram preocupação entre delegações até a sexta-feira (21).

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula durante audiência a Ministros dos grupos negociadores dos Pequenos Estados Insulares Ricardo Stuckert/PR - 19.11.2025

Com a COP30 avançando em meio a tensões políticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a Belém (PA) na manhã de ontem (19) para assumir pessoalmente a articulação política da reta final da conferência do clima.

A presença dele na conferência é vista internamente como uma tentativa de evitar que o impasse entre quase 200 países coloque em risco o texto do chamado Pacote de Belém, principal entrega negociada pelo Brasil como presidência do evento.


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Diferentemente da primeira passagem pela capital paraense, quando participou de agendas públicas e inaugurações, Lula retorna agora para atuar como fiador das negociações.

Desde a quarta-feira, ele vem se reunindo com chefes de Estado, ministros estrangeiros e o secretário-geral da ONU, António Guterres.


As conversas seguem com grupo separados:

  • Diretor-geral da ONU, António Guterres
  • Países em desenvolvimento (Arábia Saudita, China, Egito, Índia e Venezuela)
  • União Europeia (Alemanha, Portugal e Noruega)
  • Pequenas ilhas
  • Setor produtivo
  • Sociedade civil

Etapas a serem cumpridas

A conferência entrou na fase mais delicada, em que os pontos centrais estão empacados por disputas políticas e econômicas. Mesmo com o esforço dos negociadores brasileiros, temas essenciais seguem sem consenso:


  • Como será distribuído e fiscalizado o financiamento climático, exigido pelos países em desenvolvimento;
  • Que nível de ambição cada país vai assumir na redução de emissões, ponto de atrito entre nações ricas e emergentes;
  • Quais regras farão parte do pacote de adaptação, tema considerado pouco avançado;
  • Como garantir transparência de dados climáticos, especialmente para monitorar compromissos de longo prazo.

Esses temas, negociados fora da agenda oficial para evitar travamentos, se tornaram o eixo central da crise diplomática dentro da COP.

O atraso no ritmo das conversas preocupa delegações que já trabalham com a hipótese de as negociações se estenderam até depois de sexta-feira (21).

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