Lula autoriza férias de três ministros em janeiro; data coincide com reunião ministerial
São eles: Rui Costa, Márcio Macêdo e Marcos Amaro dos Santos; presidente quer se reunir com todos os integrantes no dia 21
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou as férias de três ministros: Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Marcos Amaro dos Santos (Gabinete de Segurança Institucional). A medida foi publicada no Diário Oficial da União e, no caso dos dois últimos, o período de descanso abrange o dia 21 de janeiro, data em que o petista quer realizar a primeira reunião ministerial de 2025.
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As férias de Costa vão de 15 a 19 de janeiro. Já o período de descanso de Macêdo será entre 12 a 24 de janeiro. Por fim, Amaro terá uma pausa de 20 a 29 de janeiro. A data coincide, então, com a reunião ministerial do dia 21 de janeiro, em que Lula quer fazer um balanço das ações realizadas durante os dois anos de seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto.
“Vamos colocar agora a mão na massa, fazer as portarias, os decretos necessários, assim como preparar a reunião ministerial, que será na segunda quinzena de janeiro, e juntos vamos preparar essa reunião, porque o presidente quer fazer um balanço dos dois anos de governo, das medidas que foram votadas e do que faremos juntos”, disse Costa.
De acordo com integrantes da Esplanada dos Ministérios, Lula quer fazer a reforma ministerial antes da reunião. Como mostrou o R7, os ministérios da Defesa e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços devem ficar de fora da dança das cadeiras. A princípio, as pastas federais — comandadas por José Múcio e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, respectivamente — não devem sofrer mudanças, segundo informaram fontes do Palácio do Planalto.
A reportagem também apurou que Múcio não entregou o cargo a Lula nem pediu demissão, como tem sido especulado. Esta reforma ministerial deve ser feita até o fim deste mês. A tendência — segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou em entrevista — é que as mudanças ocorram até 21 de janeiro, dia em que o presidente vai reunir os 38 ministros para a primeira reunião geral do ano.
O chamado Centrão tem pressionado o Executivo por mais espaço no governo — mesma razão que motivou a primeira reforma ministerial deste mandato do petista, em 2023. As cobranças levaram Lula a ceder os ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos para PP e Republicanos, respectivamente, em setembro daquele ano. Além de acomodar a base aliada, as mudanças miram as eleições de 2026, numa espécie de organização dos partidos que compõem o governo para o próximo pleito presidencial.